- É isso o que você quer? - Perguntou sedutoramente,
pressionando sua ereção contra mim e gemi, fechando os olhos. - Diga-me, é isso
o que você quer? - Ele pressionou com mais força e meu gemido acompanhou.
Envolvi seu quadril com as pernas, apertando seu corpo contra o meu e trazendo
seu rosto mais próximo ao meu.
- Você sabe o que eu quero. - Disse, tentando fazer com que o brilho dos seus
olhos não abalasse minha firmeza quando entrei em contato com eles.
- Hum... Talvez você precise me lembrar. - Ele começou a movimentar seu quadril
e eu perdi a firmeza que estava lutando para manter, começando a acompanhar
seus movimentos enquanto suspirava involuntariamente. - O que você quer?
- Eu... Quero... Você. - Pronunciei falhamente e ele sorriu satisfeito,
direcionando seu membro para minha entrada. - Em mim, agora! - Puxei minhas
mãos, tentando me soltar para poder agarrá-lo, mas aquele nó parecia
indesatável.
Ao mesmo tempo em que terminei de falar, senti Joseph me penetrar com
força e se colocando inteiramente dentro de mim, fazendo com que nós dois
soltássemos um longo e intenso gemido juntos. Novamente, tentei me soltar para
poder puxar seus cabelos - ou qualquer coisa do gênero - a cada estocada dele e
mais uma vez me frustrei.
Seus movimentos começaram lentos, penetrando-me pela metade e se retirando, e
depois passaram a ser rápidos e eu sentia seu membro me completando
inteiramente. Joseph sussurrava perversões não publicáveis em meu ouvido e
sua velocidade era inacreditável, levando-me a um estado inimaginável de
prazer.
Ele começou a fazer alternância entre seu movimento, ora devagar, ora
acelerado, fazendo-me mais do que nunca querer tocá-lo e fazer com que ele
parasse com aquela tortura.
- Solte-me... - A frase por pouco foi interrompida por um gemido meu, mas eu o
segurei até terminar de falar. - Eu preciso... te tocar.
Inesperadamente, Joseph atendeu ao meu pedido e logo que me vi livre,
espalmei minhas mãos em sua bunda, apertando-a enquanto o sentia ir e vir em
mim. Com certeza aquilo era mais interessante do que me aventurar em seus
cabelos.
Ele passou a manter sua velocidade rápida e eu soube que o seu orgasmo não iria
demorar a chegar, assim como o meu.
Joseph chegou ao clímax antes que eu, mas continuou investindo até que eu
também o fizesse, chegando ao provável mais intenso orgasmo da minha vida.
Seu corpo largou-se sobre o meu após um longo suspiro. Seu peso sobre mim me
fazia sentir tão bem... Era para ser desconfortável, mas, pelo contrário, eu
poderia ficar daquele jeito para sempre.
Joseph afundou seu rosto na curva de meu pescoço enquanto eu embrenhava meus
dedos em seu cabelo, fazendo uma carícia de leve, de acordo com o que eu podia,
considerando que ainda estava me recuperando.
- Uau! - Ele sussurrou em meu ouvido, a respiração ainda falha, fazendo a minha
ficar pior. Beijou desde o lóbulo de minha orelha até meus lábios e depois me
olhou nos olhos. - Confesso que se eu soubesse que estando livre você iria
aproveitar do jeito que aproveitou, tinha te soltado antes.
Foi impossível não corar ao ouvir aquilo e escondi meu rosto em seu ombro,
ouvindo seu riso em seguida.
- Hey... - Senti seu carinho em minha cabeça. - Você não precisa sentir
vergonha de mim. Porque eu, por exemplo, não tenho a mínima vergonha em dizer
que essa foi a melhor transa que eu já tive.
Fiquei alguns segundos tentando absorver o que tinha escutado e então tirei meu
rosto de onde estava, encarando-o, e ele sustentava um sorriso lindo. Parecia
tão sincero... Mas era difícil acreditar.
- Pode ser que não conte muito, já que não tive muitas, mas... Com certeza,
essa foi a melhor. - Olhei em seus olhos ao dizer isso, vendo seu sorriso
desaparecer ao notar o sentimento que os meus carregavam, e então fiz com que
ele saísse de cima de mim. Deitei do outro lado da cama e lhe dei as costas.
- Eu ficaria mais feliz em ouvir isso se não notasse tanta tristeza em seu
olhar. - Ouvi-o dizer e senti sua mão em meu ombro. - Mas... Se não foi a
melhor, você não precisa dizer que foi e...
- Joseph. - Em um impulso, sentei-me na cama, assustando-o de início, mas
fazendo-o me acompanhar depois. O verde de sua íris brilhava em dúvida,
confusão. - É claro que foi a melhor que eu já tive. Você é com certeza o cara
mais incrível que entrou na minha vida, mas... O problema é acreditar que é o
mesmo com você, entende? Sabendo que você já conheceu mulheres a poucos passos
da perfeição, mulheres experientes, mulheres que devem ser mil vezes melhores
de cama do que eu e... - Comecei meu show de insegurança e Joseph colocou
seu dedo indicador sobre os meus lábios, com expressão séria.
- Nenhuma delas era você. - Disse, sorrindo fraco depois, retirando a mão de
onde estava. - A minha vida inteira, eu tenho conhecido mulheres bonitas,
sensuais, com belos corpos... A minha vida inteira eu tenho dormido com elas,
sem que isso significasse algo além do prazer. Algumas vezes, senti-me como um
robô... Trabalhando naquilo que não é exatamente o que eu queria para mim, só
porque eu tenho que dar continuidade à tradição e ao patrimônio da família.
Meus pais estão aproveitando a vida na França enquanto estou aqui... Morando
nessa casa sozinho. Concentro toda a minha atenção no serviço para não ter
tempo de ficar me lamentando por nunca ter encontrado alguém especial o
bastante para viver comigo. Tenho poucos amigos, os quais encontro raramente em
fins de semana, porque são todos ocupados com seus empregos e sua família... -
Suspirou. E então eu vi que ele realmente era um homem solitário. Mas não era
só isso... Ele era infeliz. - O que eu quero dizer é que... Eu sempre notei um
algo a mais em você, sabe? Mesmo quando você era criança. Todas as outras
podiam estar chorando, fazendo manha, mas você não... Estava sempre sorrindo,
sempre feliz, você acabava por contagiar os outros com sua alegria. Nas vezes
em que te vi como adolescente, você não era rebelde como muitos nessa fase...
Sempre tão serena, tão sensata. E quando eu te reencontrei na empresa àquele
dia... Quando eu vi a bela mulher que você havia se tornado, algo que eu não
quis controlar me dominou e eu simplesmente quis me aproximar de você. Quis
saber se você ainda possuía a mesma personalidade, quis saber se a sua alegria
poderia me contagiar um pouco também. Tudo bem que minhas necessidades
masculinas tomaram um pouco a frente e acabei me aproximando de forma sexual,
mas... Isso acabou sendo uma nova surpresa. Descobri que só causando o seu
prazer eu já me preenchia de um sentimento que eu me esquecera que existia...
Satisfação. Você me fez sentir satisfeito como eu não me sentia há muito tempo.
E fez isso novamente hoje. Talvez seja algo na simplicidade que você tem, no
seu jeito tão... Seu. Eu me contentaria em apenas... me aproximar de você para
conversar, por mais difícil que isso fosse. Mas quando você aceitou meu convite
na empresa, quando tudo aquilo aconteceu, você me disse aquelas coisas no
telefone... Eu percebi que eu precisava dessa sua luz na minha vida. E eu
precisava te ter ao meu lado. - Seus olhos não saíram dos meus um segundo
enquanto ele falava e, sem conter meus impulsos, eu o abracei.
Coloquei meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo aquele cheiro só dele
enquanto realizava o que estava acontecendo. O homem que eu sempre sonhara ter
comigo... Queria ficar comigo? E ele havia acabado de desabafar um pouco de
como ele era por dentro, o homem sensível que habitava em seu corpo. Como
poderia ser mais perfeito? Sempre se mostrara um homem bondoso - ajudava várias
instituições de caridade, sem divulgar, mamãe que me contava -, agora que ele
estava me deixando invadir um pouco o seu mundo e conhecê-lo melhor, eu podia
acrescentar muitas qualidades na lista.
Não sei exatamente quanto tempo ficamos abraçados, só sei que Joseph
afastou-se de mim e segurou meu rosto entre as mãos, sorrindo, fazendo-me
sorrir também.
- Acho que eu nunca percebi o quanto você me atraía até o momento em que me
deixei levar pelos meus instintos e acabamos no meu escritório. Só não sei como
você, tão jovem, foi querer um cara velho como eu. - Ele brincou e eu ri,
passando meu nariz no seu.
- Primeiramente, você não é velho. Você é experiente e experiência sempre foi
algo que me interessou. Segundo que... Eu imaginei que você jamais iria me
notar. Quer dizer, um homem como você, com tantas mulheres aos seus pés... Não
tem lógica olhar para uma garotinha. - Dei de ombros e ele me olhou com falsa
indignação.
- Sou um homem meio imprevisível. - Disse com ar de agente do FBI e eu ri,
afirmando freneticamente com a cabeça e fazendo-o rir também. - E você não é
uma garotinha. Você é uma mulher. Sei disso bem melhor do que você. - Sorriu
malicioso e eu segurei uma risada, dando-lhe um tapa no ombro.
Ficamos nos olhando por alguns segundos até que Joseph aproximou seu rosto
e logo em seguida nos beijamos. E foi um beijo... Carinhoso. Extremamente
carinhoso. Sua língua acariciava a minha com ternura, com calma, e nem ao menos
percebi quando ele se deitou por cima de mim novamente. Apenas abri meus olhos
quando o oxigênio faltou e nos obrigou a nos separarmos, notando seu corpo
sobre o meu.
- Falta muito pra você completar dezoito anos? –
perguntou-me, colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha
- Em que mês nós estamos?
- Junho
- Dois meses então
- Acho que é tempo suficiente para nos conhecermos mais um
pouco, damos um jeito de nos encontrarmos e pensamos em como contar aos seus
pais que estamos juntos. E você já vai ser maior de idade, o que faz isso não
ser mais pedofilia. - Ele parou e pensou um pouco. - Nossa, eu sou pedófilo.
Nem tive tempo de rir de sua expressão ao dizer aquilo, porque tinha
concentrado toda a minha atenção na parte do 'estamos juntos'. Contar aos meus
pais não seria fácil, é verdade, mas minha mãe sempre tivera um carinho e
admiração muito especiais por Joseph, isso facilitaria. E mamãe sempre
dava a última palavra em casa. E como contaríamos quando eu fosse maior de
idade, não seria mais pedofilia e não teríamos problemas legais. Ainda era
pedofilia agora, mas ninguém sabia de nada.
O que tinha mexido comigo era aquele 'estamos juntos'.
- Que foi? Agora que percebeu que sou um pedófilo não quer mais ficar comigo? - Joseph
brincou e então eu percebi que devia ter ficado em transe pensando em tantas
informações.
Ri e neguei, então ele sorriu.
- Eu só... - Respirei fundo, seus olhos não saíam dos meus e era meio difícil
falar assim. - Nós... Hum... Estamos juntos?
Continua...
Creditos: Dinha Souza
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Tchauzinho