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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Secretary - Capítulo 2


Os dias que antecediam o final da semana haviam se passado lentamente. O trabalho no escritório continuou calmo, sem muito estresse. Eu, pelo contrário, estava uma pilha de nervos. Joseph não trocou uma palavra comigo nos últimos dois dias, depois que aconteceram aquelas coisas em sua sala. Mas eu percebia seus olhos em mim todo santo dia, principalmente quando minha roupa era um pouco mais aberta, devido ao calor. Ignorá-lo seria o melhor, afinal, eu sentia um pouco de medo. O que ele poderia querer comigo? Não era algo simples, tenho certeza. 

Era bom estar em minha cama, envolvida em meu cobertor, sozinha. Parecia que assim eu conseguia organizar meus pensamentos. Adoro sábados, pois sempre posso ficar em casa de pijama, comendo porcarias e vendo filmes românticos, como se eu fosse uma adolescente. Mas hoje não, hoje eu teria que passar o dia inteiro imaginando o que aconteceria à noite, se eu voltaria viva para casa. Tenho que pensar nas piores hipóteses, não é? Levantei preguiçosa da cama, sentindo um pouco de frio ao ser deixada pelos cobertores. Entrei direto no banheiro e já fui arrancando toda a minha roupa e jogando pelo chão. O banho estava ótimo, a temperatura da água era bem agradável. Meu corpo estava coberto pela espuma e eu lavava meus cabelos. Comecei a me enxaguar e de repente a imagem de Joseph me empurrando contra a parede surgiu em minha mente, seguida por um calor estranho que percorreu meu corpo naquele exato momento. Não, eu não iria fazer isso, não iria me tocar pensando nele. Era demais. Mas ao mesmo tempo em que meu cérebro dizia que não, meu corpo implorava por aquilo. Comecei a massagear meus seios, com os olhos fechados e sentindo a água quente cair por eles, escorreguei as mãos por minha barriga, imaginando que aquelas fossem as mãos dele, me arrepiei completamente só de pensar naquilo. Desliguei o chuveiro bruscamente ao perceber que uma de minhas mãos estava escorregando para minha intimidade. Acorde, Demetria, acorde! Peguei uma toalha e comecei a me secar, ainda sentindo aquela sensação em meu corpo. Vesti uma calcinha e coloquei um short meio curto, um blusão largo e prendi meus cabelos. Preparei um breve café e, durante esse tempo todo, tudo que eu conseguia imaginar era o que ele estava pensando em fazer comigo. 

Ajeitei o vestido em meu corpo, calçando meus sapatos pretos em seguida. Dei uma última conferida na maquiagem e no cabelo, que estava meio preso e meio solto, peguei uma bolsa simples e preta e segui meu caminho até meu carro. Dei a partida e peguei o papel com o endereço da casa de Joseph. Eu nunca havia estado lá, então, precisaria de um auxílio. Meu estômago chegava a doer de tanta que era a ansiedade. Algum tempo dirigindo, finalmente encontrei o endereço. Minha boca involuntariamente se abriu ao ver aquela casa. Era toda pintada de azul, umas três vezes maior que a minha. Dava para ver o jardim bem cuidado e a piscina que refletia as luzes que iluminavam todo o lugar. Engoli em seco e desci do carro, ajeitando meu vestido. A casa estava tão silenciosa, acho que nenhum dos convidados havia chegado ainda. Toquei a campainha e esfreguei minhas mãos, sentindo um leve frio. A porta se abriu e um Joseph sem terno, com uma camisa vinho, calças escuras e justas e um sapato comum, sorriu, ao perceber toda a minha produção
- Bom te ver, Lovato! – não seria mais fácil ele dizer “Nossa, como você está gostosa, me deixa ver isso tudo logo”. Mas não, tinha que ficar fazendo aqueles joguinhos malditos comigo. – Está frio, entre! Os outros já devem estar chegando. 
Entrei, admirando todos os móveis claros e caros. Uma escada enorme estava de frente para a porta, revelando várias portas. Ele ficou do meu lado, sem dizer nada. 
- Sua casa é linda, Sr. Jonas. – sorri, meio sem graça. 
- Sr. Jonas? Por favor, Demetria, não estamos na empresa. Me chame de Joseph... Ou melhor, me chame de Joe! – saiu andando, me chamando com a mão. 
- Tudo bem, Joe. – a sala era enorme, acho que do tamanho de umas cinco casas comuns todas juntas. 
- Sente-se, por favor. – apontou para o enorme sofá branco, e um outro vermelho que contrastava com uma lareira e uma luz fraca, um ambiente muito agradável. - Você está muito quieta, sabia? O que quer beber? – Ele se dirigiu a uma pequena adega que ficava no canto da sala. 
- Apenas um champagne, por favor. – ninguém no mundo teria ideia de como eu estava me sentindo ali, sozinha com ele. Parecia que eu estava nua. 
- Só champagne? Ok, vamos começar com coisas leves. – riu, colocando a bebida em duas taças compridas e brilhantes. Passou pelo outro lado da sala e ligou o equipamento de som. 
- Onde estão os convidados? – perguntei, dando um gole no champagne e vendo Joseph se aproximar. 
- Não devem demorar. 
Uma música começou a tocar e eu logo reconheci qual era. Lembro-me de me acabar em pistas de dança com minhas amigas ao som daquela música. Na maioria das vezes eu estava bêbada, mas acho que isso não aconteceria ali. Ele se aproximou e olhou para mim por um tempo, tomando o conteúdo de sua taça de uma vez. 
- Está desconfortável com a música? - sentou-se ao meu lado, olhando sem vergonha para minhas pernas. Esse homem não sabia disfarçar, ou melhor, não queria disfarçar. 
- Não, eu só... Não imaginava que você... 
- Gostasse desse tipo de música? Bem, são as melhores para... Dançar. - a malícia em seu sorriso era tanta que chegava a me incomodar. – E já que é uma música para se dançar... Levante-se e dance comigo. - Ele só poderia estar brincando. Dançar aquele tipo de música com ele seria como fazer um convite para passar as mãos por minhas pernas e me atacar ali mesmo. O que uma melodia como aquela não faria com alguém? Bastavam algumas bebidas. 
Dei-me por vencida e levantei sem graça. 
- Tive uma idéia – ele foi até o aparelho de som novamente e apertou um botão, fazendo com que outra música começasse a tocar.
Somebody To Love? – não pude deixar de sorrir, eu simplesmente adorava aquela música, como ele sabia? Ele não me respondeu, se manteve quieto, balançando um pouco o corpo no ritmo. Era digamos que... Engraçado vê-lo daquele jeito, eu poderia jurar que Joseph era um cara sério, do tipo que ouvia música clássica. 
- Dança comigo, Lovato! – me puxou pela cintura, fazendo nossos corpos se chocarem. A força que suas mãos depositavam em minha cintura, fazia com que ele controlasse os nossos movimentos que eram fracos, mas acompanhavam a música. 
- Alguém pode chegar aqui e ver isso... 
- Ninguém vai chegar aqui hoje, Lovato. – riu, como se aquilo fosse óbvio. 
- Mas e a reunião... 
- Somos só você e eu, tipo um encontro... Não percebeu ainda? – suas mãos desceram um pouco, ficando próximas de meus quadris. – É melhor assim, não acha? – encostou sua boca em meu pescoço. A verdade é que estava chegando a hora de parar de querer dar uma de tímida. Eu sonhei durante muito tempo em estar a sós com aquele homem, e agora que estava com ele, não aproveitar aquilo seria como um pecado. 
- Certo, vou te mostrar o que é dançar, Joe. – sorri, me soltando dele e ficando meio distante. Pousei as mãos em minhas coxas e fui subindo fazendo o contorno de meu corpo, tudo isso no ritmo da música. Virei de costas para ele e comecei a dançar mais rápido, já perdendo toda a vergonha que estava presente em mim. Tirei o prendedor de meus cabelos e o olhei. Tenho que confessar que foi muito bom ver Joseph naquela situação, ele estava com o olhar preso em mim, rígido, imóvel, com suor na testa. 
Je t’adore, Je t’adore - cantei junto com a música, fazendo um movimento com o dedo para que ele se aproximasse. Ele veio rápido, quase feroz e entrelaçou suas mãos em meu corpo, o empurrando para a parede. Ele adorava paredes, repararam? Continuei a dançar, mesmo presa entre ele e a parede, nossos corpos estavam próximos e isso fez com que eu sentisse a excitação em que ele se encontrava. Mordi o lábio ao senti-lo com a boca perto de meu pescoço. 
Ooh, I like it… - prensou meu corpo com mais força, se mexendo e me fazendo soltar um pequeno suspiro. - Ooh, I need it... - Cantou em meu ouvido, mordendo o lóbulo em seguida. - Ooh, I Want it... - soltei um gemido alto ao sentir o chupão que ele deu em meu pescoço e sua ereção esfregando-se em mim. 
Ignorando o final da música, ele segurou meu rosto com uma das mãos e começou a mordiscar meus lábios. 
Joseph... – pedi ofegante, fazendo de tudo para conseguir abrir a camisa dele. O que estava fazendo era meio impossível. 
- Eu sempre quis isso, e você também. Acha que eu nunca percebi seus olhares para mim, não é? – ele não esperou que eu respondesse, me beijou com vontade. Dei passagem para sua língua e logo ela parecia fazer parte dali. Enquanto o beijo esquentava mais, ele procurava desesperadamente pelo fecho do meu vestido. O ajudei, ainda o beijando. Ele abaixou o zíper e começou a descê-lo com calma. 
- Vamos ver o que você esconde por trás dessas roupas provocantes – falou, parando o beijo e abaixando o vestido de uma vez, me deixando só de calcinha. Não tive vergonha por ele estar vendo meus seios. A verdade não era mais necessária ali. Suas mãos rapidamente começaram a massageá-los, eu mordia o lábio e sentia meu corpo cada vez mais quente, estava a ponto de explodir. Joseph segurou na barra de minha calcinha e começou a me provocar, fazendo com que ela descesse e subisse em seguida. Com muita luta, consegui tirar sua camisa, revelando um abdômen definido e completamente delicioso. Largou-me por um momento e abriu o zíper de suas calças, as abaixando e levando sua boxer preta junto. Gemi ao observar seu membro completamente ereto. Ele me agarrou de novo, puxando minha calcinha para baixo de uma vez. 
- Eu queria muito te levar até o meu quarto, mas acho que não posso esperar mais. – me empurrou com cuidado para o chão, que era coberto por um tapete grosso e fofo, me fazendo ficar por cima dele. - Droga, a camisinha. – bufou, procurando algo com os olhos pelo cômodo. – Ali, naquela gaveta, por favor. – Ele já não agüentava mais, e eu também não. Levantei-me e fui até a gaveta encontrando vários preservativos. Que sem vergonha esse, Jonas. 
- Coloque. Confio em você. 
Obedeci e coloquei meio sem jeito a camisinha em seu pênis. Fechei os olhos e senti ele me segurar pelo quadril, o puxando para baixo. Foram apenas segundos até eu o sentir me penetrar com força. Gemi alto de dor e prazer. Ele sorriu, completamente em dúvida de onde passeava com as mãos, hora estavam massageando meus seios, hora em minha cintura, fazendo com que os movimentos ficassem ainda mais prazerosos. Mas o melhor eram suas mãos em meus quadris, que me faziam rebolar e isso aumentava ainda mais o prazer. Gemidos e mais gemidos se misturavam com a atmosfera quente e completamente viciante que aquela sala havia se tornado. 
- Você é perfeita. – ele dizia com a cabeça virada para o lado, a boca entreaberta e as mãos firmes em meus quadris. Eu cavalgava sobre ele e gemia alto, sem vergonha, sem restrições. Meu sonho finalmente havia se realizado, eu estava sendo dele. Só dele. Quando percebi que ele estava prestes a gozar, me apoiei no chão, diminuindo os movimentos. Aquilo era uma tortura para mim, mas provocá-lo era inevitável. 
- Não faça isso comigo. – ele urrou, com os espalhados pela testa. 
- Calma, chefe, eu sei muito bem o que estou fazendo. – mordi os lábios e rebolei com vontade, arrancando quase um grito de prazer de minha garganta. Joe apertou minha cintura e me estocou com força, fazendo com que chegássemos ao ponto máximo juntos. Meu corpo caiu sobre o dele, seu peito subia e descia. Nossas respirações ofegantes eram tudo que se escutava. Joseph fez carinho em meus cabelos e segurou em meu queixo, fazendo com que meu rosto ficasse de frente para o dele. Deu-me um selinho e em seguida mordeu meu lábio inferior. 
- Vamos ficar aqui mesmo? – disse, abraçando minha cintura. 
- Não vejo problemas. – levei minha mão até seu pescoço, passando minhas unhas pelo local. Ele pareceu gostar do agrado e sorriu. Minhas pálpebras foram ficando pesadas e meu corpo completamente mole. 
- Me acorde de manhã. – sua voz rouca e fraca disse. 
- Você que me acorde. – a minha estava igual. 
- Vou te acordar de um jeitinho especial... – apertou minhas nádegas. 
Sorri e logo ele caiu no sono, com nossos corpos envolvidos. Minha vista ficou embaçada e logo eu também estava dormindo. 
Nos braços dele. Nos braços de Joseph. Meu chefe. 

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