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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Secretary - Capítulo 3


Abri os olhos com dificuldade. Tudo estava embaçado e rodando, mas isso não me impediu de ver que eu ainda estava na casa dele. 
- Até que enfim você acordou. – virei na direção da voz, sentindo uma leve dor na cabeça em seguida. Joseph estava sem camisa, vestido só na parte de baixo. – Nem amanheceu ainda, mas eu não estava conseguindo dormir. 
Levantei sem jeito, já que eu estava nua, e procurei por meu vestido. Coloquei minha calcinha e em seguida comecei a subi-lo pelo meu corpo. 
- Eu sabia que você me obedeceria e viria com um vestido vermelho. – sorriu malicioso, enquanto eu subia o zíper do mesmo. 


- É verdade, agora que fui lembrar – minha voz saiu baixa, quase não a reconheci. – Por que me pediu para vir com um vestido vermelho? – ajeitei o cabelo com as mãos, ainda meio tonta. 
- Tenho tara por mulheres vestidas de vermelho. – riu – E garanto que essa tara aumentou desde ontem. 
- Bom, eu não sei o que dizer... Eu... Acho melhor eu ir embora, estou de carro mesmo. – antes que eu pudesse dar mais um passo, ele segurou meu braço e riu mais uma vez. 
Lovato, não seja tola! – eu o olhei sem entender. – Acha que os assuntos que eu tinha para tratar com você eram apenas sexuais? Bom, também... Mas não só isso. 
- Me deixe ir pra casa, eu preciso de um banho, preciso comer, estou com uma dor de cabeça terrível e... 
- Você não vai pra sua casa. Pelo menos não por um bom tempo. – ele me largou, ficando na frente da entrada da sala. – Acho que essa é a hora perfeita para começarmos a nossa conversa tão importante. – Não falei nada, apenas permaneci olhando para ele. 
- Bom, eu te conheço há um tempo... Tempo suficiente para saber que você é confiável. E também boa de sexo, mas isso não convém agora... – ele sorriu, sentando-se em um dos sofás. – Não dá pra explicar com todos os detalhes agora, mas eu preciso de um favor seu. 
- Por que eu te ajudaria? - manti o olhar fixo no dele, tentando aparentar indiferença. Joseph se levantou e caminhou calmamente, ficando de frente para mim. 
- E por que não ajudaria? - sua mão puxou os cabelos de minha nuca com força. Fechei os olhos e logo o senti perigosamente próximo. – Olha, Lovato, você não me conhece, não sabe o que eu já fiz por muito menos que uma mulher fresca. Custa dizer sim e facilitar as coisas? Não me obrigue a fazer o que eu não quero. 
Estremeci com suas palavras. Não era possível que um homem tão sério como ele pudesse ser capaz de fazer mal a alguém, eu não conseguia enxergar isso. 
- Você nem se quer me disse o que tenho que fazer, eu... – senti meus olhos arderem, e logo lágrimas se formaram. – Por favor... 
- Shhh... Não chore. Eu não vou te machucar, mas você vai ter que fazer tudo que eu pedir. 
- Como um seqüestro, é isso? – ele balançou a cabeça negativamente. 
- Um seqüestro tem o objetivo de torturar e até matar uma pessoa, eu não pretendo fazer nada disso com você. A menos que seja muito necessário. De qualquer jeito... 
- Eu quero sair daqui! – tentei correr e sair da sala, mas sua mão forte segurou meu braço mais uma vez. Fez com que nossos corpos ficassem extremamente próximos e mordeu meu lábio com força. 
- Você é tão mais atraente quando faz o que eu digo e fica calada, sabia? – sua mão foi para minha cintura, a apertando de leve. – Não vamos discutir sobre isso agora. Suba, entre na última porta à esquerda, tome um banho, se vista como quiser, as roupas estão no closet. Quando terminar, desça para comer comigo, daí poderemos conversar melhor. 
Respirei fundo, o sentindo sair de perto de mim. Preferi não dizer nada, apenas saí da sala, subindo a enorme escada. Joseph me olhava lá de baixo, mas não tive coragem de encontrar meu olhar com o dele. 
O que esse homem planejava fazer comigo? Nunca em toda a minha vida me vi metida em uma situação tão complicada e ao mesmo tempo tão tentadora. Sim, tentadora, porque apesar de tudo, os sentimentos que eu nutria por Joseph não haviam duminuindo nem um milímetro se quer e eu não podia fazer nada quando a isso. 
Parei na última porta, como ele havia me indicado e a abri. Dei de cara com um enorme quarto, os móveis eram escuros e grandes. A cama era enorme e uma colcha roxa fazia com que ela ficasse ainda mais bonita. Pareciam aqueles quartos de filmes, aqueles que davam para se fazer uma festa sem problema algum com o espaço. Procurei pela porta do closet, achando ela facilmente. Abri com cuidado e minha boca se abriu ao ver a quantidade de roupas, sapatos e todo tipo de acessório existente. Tudo muito caro. 
Com medo do que Joseph poderia fazer se eu não o obedecesse, peguei a primeira roupa que vi pela frente. Uma saia preta de cintura alta, uma blusa florida em tons pretos e marrons com mangas curtas e um sapato boneca preto. Quem havia colocado aquelas roupas ali? Será que pertenciam a alguém que morava com ele? Talvez uma irmã, ou até outra coisa... Ou tudo estava muito bem calculado e todas aquelas coisas eram para mim? Um plano, eu era vítima de um plano. 

Depois de tomar um banho não muito demorado, me vesti e penteei meu cabelo, o deixando solto mesmo. Eu me sentia como uma prisioneira, me sentia sufocada e sabia que aquilo não acabaria tão cedo. Uma batida na porta me fez levantar rápido da cama e encarar a porta. 
- Como você está bonita. – ele disse entrando, já vestido com outra roupa, completamente arrumado e perfumado. Uma tentação. – Entendeu o meu recado, não foi, Lovato? Gosto de você pela sua eficiência. 
- Chega de joguinhos, por favor, me diga o que você quer comigo! 
- Vamos comer alguma coisa, você está sem comer desde ontem e tenho certeza que gastei suas energias. – piscou para mim e estendeu sua mão para que eu a segurasse. O encarei com raiva, atendendo seu pedido em seguida. 
Descemos em silêncio. A cozinha ficava perto da entrada da casa e era ainda maior que os outros cômodos. Uma mesa, totalmente farta estava a minha frente. Meu estômago deu uma volta e Joseph percebeu que eu estava faminta. 
- A empregada fez tudo pra você, depois te ajudo a queimar todas essas milhares de colorias. – riu malicioso. 
- Você não perde a chance de fazer brincadeiras, não é? – finalmente tive coragem o suficiente para dizer alguma coisa descente a ele. Sentei-me, pegando uma maçã e mordendo-a. Encarei a janela, vendo o sol começando a nascer, era estranho estar acordada àquela hora, e o principal: eu não estava em minha casa. 
Depois de um tempo comendo em silêncio, ele se levantou e tirou o celular do bolso da calça, discando algum número e caminhando até a sala. 
- Jared? Sim, sou eu. Ela já está aqui comigo. – levantei em silêncio, ficando próxima a porta da cozinha. – Claro que ela é confiável, acha que eu escolheria qualquer vadiazinha por ai? Ah, não se atrasem, está bem? Quero você, Ian e James aqui às oito horas da manhã. Não vou tolerar atrasos. Desligou o telefone e ainda de costas, pareceu notar minha presença perto da porta. 
- Pode vir aqui, Lovato. – se virou, me encarando sério. Obedeci e sentei-me no sofá. 
- Está bem, chega de rodeios. 
- Fale logo, eu não agüento mais isso. – pedi impaciente, cruzando as pernas. 
- Eu vou para Los Angeles depois de amanhã, e você vai comigo! 
- O quê? – minha voz se alterou – Você é maluco? Los Angeles? 
- Atrás de um filho da puta que me deve muita coisa. Favores, dinheiro... Mas o real motivo para ir atrás dele é por vingança. Coisas que não lhe interessam no momento. O que quero é o seguinte: Sei que você é uma mulher muito bonita, que conseguiria tudo que quisesse com um estalar dos dedos. – ele disse tudo aquilo, ignorando meu nervosismo. – Não posso simplesmente procurá-lo sozinho ou com a ajuda de outras pessoas que trabalham pra mim, ele nos conhece e provavelmente irá fugir. Mas, se uma mulher bonita entrasse em seu caminho... – sorriu pra mim, levantando uma sobrancelha. 
- Você... Você quer me usar para se vingar de uma pessoa? – estava incrédula, muito incrédula com tudo aquilo. 
- Sim. Apenas para isso. Se tudo der certo, no máximo em três semanas você terá sua vida de volta. A menos que não queria ela de volta... É uma escolha sua. 
- E se eu não fizer nada disso? E se eu der um chute em suas partes baixas e sair por aquela porta às pressas tentando fugir? 
- Eu acabo com você, simples assim. – a expressão infantil que ele fazia ao ameaçar me fazia sentir mais raiva ainda. 
- Então quer dizer que eu não significo nada... 
Lovato! – ele começou a rir descontroladamente. – Desde quando dormir com alguém é sinal de amor ou qualquer baboseira desse tipo? Eu tinha que te seduzir, você tornou tudo muito fácil com essa quedinha que tem por mim. 
Levantei-me, já com a intenção de dar um tapa bem dado em sua cara, mas ele segurou minha mão, segurando a outra em seguida e juntando as duas. Olhou fundo em meus olhos. 
– Você vai se divertir tanto quanto eu nisso tudo, não estrague a simpatia que eu tenho por você... – seu olhar me lembrava o de algum psicopata irônico que ninguém nunca imaginaria ser o que era. 
- Posso contar com você? – pediu, falando perto de meu ouvido. 
- Po... Pode! – eu disse, engolindo o choro. 
- Ótimo, é assim que eu gosto. – Joseph segurou meu rosto e me beijou. Ele não podia fazer aquilo comigo, primeiro me ameaçava e depois me seduzia daquele jeito? Quem ele achava que era? 
Sua língua brincava com a minha, enquanto sua outra mão subia até meu busto. Sentou-me no sofá, ficando por cima de mim. Gemi enquanto ele distribuía mordidas e chupões por meu pescoço e colo. 
O medo não era maior que o desejo que eu sentia por ele, e isso fazia com que eu rapidamente cedesse a suas provocações e ameaças. Ele era perigoso, um perigo que eu ia adorar enfrentar. 

Nossa "brincadeira" não havia durado muito, porque ele tinha algumas coisas para fazer em seu escritório. Eu continuei no sofá, estática, encarando um ponto qualquer da sala. 
Ouvi passos e logo ele havia voltado ao cômodo, tinha um sorriso no rosto. 
- Você tornaria tudo menos tortutante se não sorrisse desse jeito! - falei, fria. 
- Suas mudanças de humor também são bem chatinhas, se quer saber... 
Ele ia se aproximar, até que a campainha tocou e ele virou o corpo em direção a porta. Tudo ficou quieto por um momento, até que três homens, junto com Joseph, adentraram a sala, com olhares pesados sobre mim. Um deles, o maior e mais musculoso sorriu, passando as mãos no cabelo castanho em seguida. 
Os olhares de ambos me assustaram, parecia que eu era algum tipo isca para atrair algo maior, muito maior. 
E realmente eu era. 
- Ela é mais bonita do que eu imaginei! - o loiro, dos cabelos meio grandes disse, vindo em minha direção. Percebi o olhar de Joe ficar tenso. Ele se sentou ao meu lado, enquanto os outros se sentavam nos outros sofás. 
- Droga, esqueci uma coisa no escritório. - Joe disse, lançando um olhar perigoso para eles, saindo da sala novamente. 
- Então... Qual é o seu nome, boneca? - o que estava do meu lado, perguntou com uma voz que me causou certo nojo. 
Demetria... - disse, sem encará-lo. 
- Hm, então, Demetria, você provavelmente já sabe um pouco do que vamos fazer, não é? - chegou mais perto e eu me encolhi no pouco espaço que me restava. - Sabe também que homens precisam de diversões, porque se quer saber, esse trabalho acaba com a gente. 
- E como acaba! - o menor e mais magro resolveu abrir a boca e um sorriso brotou em seus lábios. 
- O que eu tenho com isso? - maldita ignorância que aparece sempre nas piores horas. 
Foi então, que o que estava do meu lado segurou meu braço e praticamente se jogou em cima de mim, segurando meu rosto e tentando me beijar. Eu lutava contra ele, ouvindo as risadas dos outros dois. Que tipos de homens eram aqueles? 
Tentei me soltar, mas a força que ele tinha no braço era assustadora e estava começando a me machucar. Olhei de relance para o bico de meu sapato e então um impulso fez com que eu chutasse com toda força o conteúdo que ele possui no meio das pernas. Vi ele se jogar no chão, com as mãos no local e os olhos fechados. Os outros dois estavam parados, olhando tensos para mim e para ele. 
Levantei, caminhando rápido em direção a porta, quase correndo. Até que senti uma mão forte puxar meu ombro. - Ah, então a garotinha que o Joseph arrumou gosta de brincar? Tá certo, tá certo! - ele havia se levantado quase que na velocidade da luz. Virou-me de frente, e sem que eu pudesse impedir, grudou os lábios nos meus, segurando meus dois braços. Eu tentava não dar passagem para a língua dele, mas ficava cada vez mais impossível, o medo estava me amolecendo aos poucos e minha garganta não conseguiria reproduzir um grito. 
Sua mão entrou pela minha blusa, e senti um choque ao senti-lá fria em minhas costas. Até que uma voz surgiu... 
- MAS QUE DIABOS SIGNIFICA ISSO? - Senti meu corpo ser empurrado para trás. Fechei os olhos com força e caí sentada no chão. Abri eles devagar, vendo um Joseph totalmente vermelho e irritado com as mãos no colarinho da camisa do que me agarrou. Seu olhar nunca havia me dado tanto medo. 
- EU TENHO CARA DE IDIOTA OU O QUE? - Continuava gritando, assustando os outros dois. - SE VOCÊ FIZER ISSO DE NOVO, JARED, EU JURO POR DEUS QUE ARRANCO ESSA SUA CABEÇA VAZIA, FICOU CLARO? - antes do mesmo responder, Joseph deu um soco em seu rosto, fazendo com Jared caísse no chão, com os olhos fechados e uma expressão de dor. 
- Isso vale para todos vocês, encostem nela e eu os mato sem pensar duas vezes. - apenas concordaram com a cabeça e senti os olhos dele sobre mim. Aproximou-se e me ajudou a levantar, eu estava completamente tonta. 
- Tudo bem? - perguntou, me olhando preocupado. Aquilo era surreal, não sei por que, mas eu não conhecia aquela pessoa que falava comigo. Balancei a cabeça afirmativamente e ele me puxou, saindo da sala e lançando um último olhar para os três. 
- Eu já volto e espero que meu aviso seja respeitado, caso contrário... - seu olhar voltou a ficar ameaçador e eu respirei fundo. Caminhando em direção à escada. 
- Eu tive que me controlar, mas minha vontade era de... - ele fechou os olhos com força, apertando um pouco meu braço. - Não me perdoaria se aquele idiota fizesse algo a você. 
Arregalei meus olhos, totalmente confusa com as últimas palavras dele. 

5 comentários:

  1. Ahhhh cara que fic perfeita necessito de mais, posta posta posta postaaa!

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  2. Posta maiiiis pelo amor de Deus, posta posta posta posta posta posta, ameim lindo demais, perfeito

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  3. Demais, maravilhoso, posta +1+1+1

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Sem comentario, sem fic ;-)