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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Secretary - Capítulo 15


- Não ouse me chamar assim! - Joseph trincou os dentes, colocando mais pressão nos dedos que seguravam a arma. Engoli em seco, já conseguindo ouvir o barulho do tiro ecoando pelo quarto. 
- Deixa ele ir, Joseph, por favor! - pedi, olhando fixamente nos olhos dele. 
- Não, Demetria... - Cameron me olhou, determinado. - Eu não quero ir! - seu olhou voltou para Jonas. - Você não sabe superar as coisas ou é impressão minha? - sem dúvida alguma ele estava decidido a provocar Joseph. Aquela arma não o intimidava nem um pouco. Corajoso. 
- Não te interessa o que eu supero ou não, aliás... Por que não cuida da sua vida pelo menos uma vez? - eu sempre acabava boiando nas conversas dos dois e isso me irritava. Sempre que isso acontecia, eu tinha certeza que ambos me escondiam algo... Algo grande, algo que com certeza mudaria toda a minha perspectiva sobre aquela situação. 


- Olha aqui, justiceiro, faz anos, ok? Você que fica remoendo aquilo, você que faz questão de sempre trazer tudo de volta, você que não aceita o fato do seu pai não ter dado conta da... - CHEGA! -Joseph praticamente gritou, bufando e abaixando a arma, mantendo o olhar fixo no de Wolfe que balançou a cabeça negativamente e soltou uma risada baixa. - Chega? É sempre a mesma coisa... Vocês me envolvem nisso e conversam como se eu não estivesse ouvindo! - naquele momento nós trocávamos olhares uns com os outros. Certa hora, os olhares dos dois pairaram sobre mim, me causando um frio na barriga. Por um momento eu me senti a vilã de tudo aquilo. Eu não estava do lado de Joseph, mas também não sabia mais o que pensar de Cameron. Não tinha total certeza se podia confiar em Jared... Eu estava começando a achar que aquele jogo havia se tornado o típico "cada um por si". E, bom, se fosse daquele jeito, eu tentaria escapar. 
- É, parece que ele esconde as coisas de você! - Cam cruzou os braços, com um ar de superior. - Mas eu vou ficar quieto, não é? Já que ele insiste em apontar essa arminha pra mim. Oh, meu Deus, como eu tenho medo! - balançou as mãos, evidentemente fazendo piada com a cara de Joseph. - O dia que você tiver coragem de fazer alguma coisa com essa porcaria, me procure! 
- Saia daqui, e eu não quero ver seu rosto tão cedo! - Joseph guardou a arma enquanto Wolfe ia caminhando até a porta. Abriu a mesma, saindo e voltando em seguida, só com a metade do corpo a mostra. 
- Hey, Demetria, não se esqueça do que eu te disse! - não demorei muito para entender o que ele estava dizendo. Era certeza absoluta que ele se referia a sua proposta tentadora de fugirmos. Eu estava começando a considerar aquela opção e fugir com ele, talvez pra um lugar bem longe. Afastar-me de Joseph seria bom, pois enquanto eu estivesse perto dele, estava automaticamente perto do perigo. 
- Sei que vai pensar com carinho!
Mas era isso mesmo que eu realmente queria? Nem eu mesma sabia responder àquela pergunta. 
Cam mostrou o dedo do meio para Joseph, que apenas revirou os olhos e passou reto por mim, abrindo a porta do banheiro e a batendo com força em seguida. Logo eu pude escutar o barulho do chuveiro sendo ligado. Caminhei sem fazer barulho e abri a porta do quarto, indo até o elevador e minutos depois eu estava no saguão. Procurei Jared com os olhos, conseguindo avistá-lo depois de um tempo. Ele me viu e veio andando rápido até mim. 
- Conseguiu escapar da agitação que estava naquele quarto? - ele tinha uma expressão meio assustada, mas eu não poderia parar pra rir ou algo do tipo. Eu tinha que ser breve. 
- Ouça, Jared, eu preciso te contar uma coisa! - mordi o lábio, imaginando o que ele pensaria assim que ouvisse o que eu tinha pra dizer. - E vou precisar da sua ajuda. - ele fez um sinal positivo com a cabeça, pedindo para que eu prosseguisse. 
- Eu... Pra mim acabou! - olhei nos olhos dele, vendo que estavam confusos. Eu teria que me explicar melhor. - Eu vou fugir... 
- Ah... Não diga que ele... O Cam... - como ele sabia? Ou será que aquilo estava na cara? - Não, você não pode! 
- Quem disse que eu não posso? - o desafiei, nossos corpos estavam quase colados e ele só conseguiu me repreender com o olhar. 
- Se você fizer isso... - ele parou de falar e ficou pensativo, analisando se realmente deveria dizer a frase seguinte - Esqueça minha ajuda! 
- Jared... Não complique as coisas! - tentei falar calmamente, mas ele estava irritado. 
- Quer saber? Foda-se, Demetria! - ele disse frio e saiu andando, sem me dar mais nenhuma atenção. Por um instante eu senti vontade de chorar. Sim, eu gostava de Jared, aparentemente ele era como um irmão pra mim. Eu realmente achava que nós conseguiríamos nos livrar de tudo aquilo ajudando um ao outro, mas a situação não era mais aquela, o controle não estava mais em minhas mãos.
Corações precisavam ser quebrados... Antes que outras coisas acabassem se quebrando. 

Já decidida sobre o que eu faria, tomei o caminho de volta ao quarto, tentando imaginar como eu faria para me livrar de Joseph. Eu precisava ser rápida, precisava agir de um jeito que eu jamais teria pensado em agir. Mas por que continuar sendo alguém que não se encaixava mais nas condições em que vivia, não é mesmo? 
Parei, encarando os botões do elevador e percebendo que alguém se aproximava de mim. Levantei meu rosto, vendo uma mulher que já aparentava certa idade, me olhando em dúvida. 
- Você é a moça que eu já vi tantas vezes com meu filho! - me controlei para não arregalar os olhos, demonstrando indiferença àquela afirmação. Mas que diabos... A mãe de Joseph? Ok, era tudo confuso demais para minha cabeça. Personagens e mais personagens daquele quebra-cabeças tão perigoso. - Você é namorada dele ou algo do tipo? - não consegui evitar e acabei engasgando ao ouvir aquilo. Apoiei uma de minhas mãos na parede, me recuperando e vendo ela me olhar meio assustada. 
- Não! Eu não sou nada dele! - respondi com a voz firme, desejando com todas as minhas forças para que, de algum jeito, Joseph tivesse ouvido aquilo. Ah, como eu queria... 
Ela ia responder, mas a porta do elevador se abriu e, pra fechar com chave de ouro, Jonas saiu dali, parando bruscamente ao perceber que eu estava do lado de sua... Mãe? Olhei para ele e depois para a senhora, que pareceu feliz ao ver o filho, mas o mesmo apenas balançou a cabeça negativamente e segurou meu braço. Maldita sensação que o corpo dele causava no meu quando ambos estavam em contato, eu nunca me livraria daquilo. 
- Eu já disse que não quero te ver! - ele olhou rapidamente para ela, mudando o olhar de direção e olhando para mim. - Eu estava te procurando, Lovato! Vamos subir! - sem ligar para sua mãe, ele me levou até o elevador. Fui para o canto, ficando de costas e encarando o grande espelho que me dava uma visão completa de Joseph de costas. Ele estava em silêncio, mas eu conseguia perceber que sua respiração estava forte. 
Era a chance... 
Virei-me, caminhando lentamente até ele, que ainda não havia percebido que eu estava tão perto. Coloquei minhas mãos em suas costas, fazendo com que ele virasse o pescoço e me olhasse. Mantive meu olhar apenas em suas costas, descendo um pouco a mão. Aproximei meu rosto do seu pescoço, acompanhando ele tenso e fechar as mãos em punhos. Depositei um beijo em sua orelha. 
- Sabe... - minha mão fez o caminho até seu abdômen coberto pela camisa, puxando um dos botões. - Eu me lembrei daquele dia que o Wolfe veio aqui... - ele colocou a mão dele sobre a minha, puxando-a para mais baixo. Para a conhecida "zona de perigo". Sorri, não deixando que ele me guiasse, tirando minha mão bruscamente de seu corpo. Ele se virou e começou a caminhar, fazendo com que eu fosse dando passos para trás, mantendo apenas o contato visual. Senti minhas costas baterem no espelho. - E você disse que queria um bis... - mordi o lábio, vendo um sorriso muito malicioso brincar em seus lábios. 
- Sim, eu me lembro! - imediatamente senti suas mãos envolverem minha cintura, me provocando aquela velha sensação, aquela que pelo jeito nunca deixaria de existir. À medida que ele aproximava ainda mais seu corpo do meu, fazendo com que os dois ficassem colados até demais, eu começava a imaginar se o que eu faria era certo. Bom, certo não era... Mas existia uma segunda opção? - E ainda quero! - uma de suas mãos escorregou até minha coxa, e ele a puxou para cima, fazendo com que minha perna ficasse dobrada, na altura de seu quadril. Controlei um gemido ao já conseguir perceber certo volume por suas calças. 
Joseph Jonas, você conseguia ser muito fácil... 
Nossos lábios se chocaram e logo sua língua quente e atrevida se misturava com a minha. Como sempre, ele não podia permissão e se sentia dono do meu corpo, passeando com as mãos sem restrições. Seria difícil resistir àquilo, mas eu tinha uma carta na manga, uma carta que horas antes deveria estar fora do meu jogo. 
Separei nossas bocas, olhando maliciosa para ele, que fazia questão de devolver o mesmo olhar. 
- Eu tô afim de fazer uma coisinha! - ameacei beijá-lo, recuando e rindo em seguida. 
- Tomara que seja o que acabou de passar pela minha cabeça... - fiz uma cara de surpresa, comemorando por dentro pelas coisas estarem tão fáceis, pelo menos até aquele ponto. 
- O quê? - coloquei minha mão no zíper da calça dele, fazendo leves movimentos com o dedo. Ele apertou mais a mão que segurava minha cintura, fechando os olhos e os abrindo pausadamente depois. 
- Já que você curte essas brincadeiras sadomasoquistas, eu quero ver o que você realmente saber fazer! - as coisas realmente não poderiam ter se saído melhores, era como se ele tivesse lido meus pensamentos. - Você não presta! - ele concordou com a cabeça e começou a brincar com o botão da minha blusa. - Mas eu não tenho algemas e nem nada do tipo, querido... - fiz um bico, o vendo gargalhar e me soltar. A porta do elevador se abriu e ele puxou minha mão. Percebi que aquele não era o andar do nosso... Digo, do quarto dele. Olhei ao redor, vendo menos portas do que estava acostumada. Ele entrou em uma sala que não aparentava ser um quarto e depois de alguns minutos saiu de lá com algo entre as mãos. 
Segurei o riso ao ver uma algema reluzir por entre seus dedos. Ele olhou para ela e depois para mim, piscando. Provavelmente aquela era alguma sala da segurança. Policiais entravam ali... É, fazia sentido. 
- Com Joseph Jonas é só querer... - ele correu até mim e prensou meu corpo contra a parede. - Querida... - confesso que foi interessante ver ele me chamar do que eu havia chamado ele. 
- Mas... - olhei ao redor, vendo que mais a frente havia portas comuns, que deveriam ser quartos. 
- Pra que perder tempo e subir pro outro quarto se aqui tem vários outros? Várias outras camas... Se quebrarmos uma, tem outra... E outra... 
Logo estávamos entrando as pressas dentro de um dos quartos. Ok, não era tão grande quanto o que eu estava acostumada a ficar, mas também parecia ser aconchegante. Acho que todos eram. 
Caminhei até a cama, subindo na mesma. Fiquei de joelhos, abrindo dois botões da blusa que eu usava. Joseph acompanhou meus dedos, que iam deixando a blusa mais aberta a cada segundo, vindo para a cama junto de mim. Tomei a algema de suas mãos, o puxando pela camisa com minha mão que estava livre. Dei um beijo rápido em seus lábios, invertendo as posições e o fazendo cair deitado na cama. 
Estava muito fácil... Era quase como se ele esperasse tudo aquilo. 
Coloquei-me sobre ele, beijando lentamente seu pescoço, percebendo que o lugar se arrepiava instantaneamente. Peguei uma de suas mãos, o vendo aprovar meu gesto e a coloquei em uma das algemas, juntando com a outra e o deixando como eu queria. 
Preso
- Como você se tornou uma garota malvada, Demetria. - ele disse, deitado na cama, já com as mãos presas. Fiquei totalmente em cima dele, com uma perna de cada lado do seu corpo, soltando cada um dos botões da camisa vermelha que ele usava. - Eu gosto disso... Não faz ideia do quanto! - sorri, me abaixando um pouco e dando uma leve mordida em seu queixo. Ele fechou os olhos e se remexeu, tentando se soltar. 
Era tarde demais, meu querido prisioneiro
Dei uma mordida não muito cuidadosa em seu pescoço, o fazendo soltar um gemido leve. 
- E quem é você pra falar de maldade? - abri a camisa por completo, deixando todo o abdômen dele a mostra. Não pude evitar distribuir uns beijos e mordidas pelo local. Ver a cara de desespero dele me excitava. Fui descendo até chegar a sua calça, levantando meu corpo e encarando o rosto dele, que já estava coberto por uma fina camada de suor. Abri o zíper devagar e depois puxei a calça sem calma alguma, encarei a cueca branca que ele usava com certa malícia. Logo aquela peça também não estava mais em seu corpo. Joseph me olhou, seus olhos praticamente implorando para que minhas mãos voltassem a tocar seu corpo e foi o que eu fiz. De leve, comecei a acariciar seu membro ereto, recebendo um gemido alto de aprovação, comecei a fazer movimentos variados, passando pela grande, o deixando cada vez mais louco. Mantive-ne naquela brincadeira olhando firme em seus olhos, eu ainda estava totalmente vestida. Senti pelo olhar de Jonas que ele não aguentaria por muito tempo e parei meus movimentos, afastando minha mão de seu membro e recebendo um olhar zangado. 
Lovato... Não faça isso comigo... - ri, me levantando e saindo da cama. Ele me olhou incrédulo e balançou a mãos, tentando se soltar. Confesso que consegui sentir um pouquinho de pena dele, devido à situação que se encontrava, mas como dizem... A vingança é doce, não? 
Olhei maliciosa para ele, fechando os botões da minha blusa e percebendo que seu olhar começava a transmitir raiva. Eu não poderia deixar de provocá-lo, o que ele poderia fazer preso? Completamente nada! 
- Ora, Jonas, Você tem suas mãos... - estendi minhas mãos, olhando para ambas. - Bom... Não necessariamente, já que elas estão presas! - mordi o lábio, sorrindo vitoriosa e o ouvindo xingar um palavrão alto. Ignorei, abrindo a porta e tendo uma última visão daquela cena tão tentadora e ao mesmo tempo hilária. - Ah, antes que eu me esqueça, obrigada por me mostrar onde eu posso conseguir uma arma. - mandei um beijo no ar para ele. - Querido chefe! - fechei a porta, sentindo uma adrenalina incontrolável correr por minhas veias. 
- SUA DESGRAÇADA, VOCÊ VAI ME PAGAR! - o ouvi gritando e me adiantei a sair dali logo, antes que meu plano fosse por água abaixo. - VAI ME PAGAR CARO, LOVATO! - soltei uma risada, imaginando o que a pessoa que o encontrasse naquela situação faria… Depois de rir, é claro. Naquele momento eu precisava voltar para o quarto em que ficávamos, pegar minhas coisas e sair logo dali. 

Depois de passar na salinha onde Joseph havia pegado as algemas, e pegado uma arma, fui para o quarto e joguei água no rosto, troquei de roupa e fiz uma pequena mala, só com algumas roupas, já que nada dali era meu mesmo, mas acho que ninguém se importaria. 
Quando saí do elevador, olhando cautelosamente para todos os lados, percebi que não havia ninguém reparando em mim, o que era ótimo. Eu poderia simplesmente pegar um táxi e dar fim àquilo tudo logo. 
Mas meu otimismo não adiantou muito, já que quando sai do hotel, dei de cara com Jared parado em frente ao carro que sempre costumava usar. 
- Você não vai sair daqui! - a expressão em seu rosto era desconhecida por mim. 
- Ah é, e quem vai me impedir? Você? - apontei pra ele, fazendo uma cara de deboche. 
- Esse é meu trabalho, não é? Tomar conta da secretária do Jonas... - senti raiva e vontade de socá-lo depois de ver o sorriso diabólico que se formou em seus lábios. - Então não vou deixá-la sair. 
- Jared... Você não toma conta nem de si próprio! - eu não calculava mais o que saía da minha boca. Olhei nos olhos dele, percebendo que ele evitava fazer o mesmo. 
- O que te faz pensar que eu sou tão ingênuo assim? Eu posso ter mentido esse tempo todo pra você... Eu posso até não estar realmente me sentindo culpado por ter te agarrado aquela vez... Quem é que vai saber, né? - não me controlei e dei um tapa em seu rosto, o vendo dar um passo pra atrás e colocar a mão no local. Avistei um táxi se aproximar e disparei a correr, quase caindo pelo caminho por estar segurando uma mala. Virei meu pescoço, mas ele não vinha atrás de mim, o que foi um alívio. 

Toquei a campainha do apartamento de Cam, sentindo vontade de correr dali e tentar desfazer toda a merda que eu tinha feito naquele hotel, mas era tarde demais. Nem com Jared eu podia mais contar... Só tinha a Cam... Bom, por via das dúvidas, acho que só tinha eu mesma. 
Ele logo abriu a porta e se assustou ao me ver, encarando com surpresa a mala que eu segurava. 
- Vai ficar me olhando com essa cara? Acho que você sabe por que eu estou tô aqui! - empurrei a porta, passando na frente dele e colocando a mala no chão. Sentei-me em um dos sofás e o encarei séria. - Ok, não temos muito tempo, mas... Se você realmente que fugir, vai me contar tudo que eu quero saber, e não finja que não sabe do que eu tô falando! 
Vi-o sorrir e depois passar as mãos pelos cabelos. Caminhou e se sentou ao meu lado, encarando o chão. 
- Eu não imaginava que você viria... E imaginava menos ainda que fugiria comigo! – virei-me, olhando seu rosto e pensando em como eu já havia sofrido por ele. Tantas noites que eu poderia passar em festas com meus amigos, passei no meu quarto, deitada em minha cama, escutando músicas tristes e pensando naquele estúpido e lindo sorriso que ele tinha. 
- Anda, Cameron, eu quero saber... Quero saber por que Joseph Jonas quer te matar! - ele respirou fundo, segurando minha mão que estava apoiada em minha perna. Olhei para as duas, que estavam entrelaçadas e depois encarei seu rosto, esperando uma resposta. 
- Basicamente, é por causa do meu pai! - certo, tinha mais gente envolvida naquilo... 
- Seu pai? 
- Sim... Digamos que o meu pai roubou algo que pertencia ao pai dele... - eu não estava entendendo aquilo direito. 
- Pode ser mais claro? 
Demetria, meu pai casou com a mãe do Joe! - arregalei meus olhos, processando o que havia acabado de ouvir. - Obviamente ela largou do pai do Jonas e... - ele balançou a cabeça, a expressão em seu rosto ficou tensa. 
- Ah, você jura que é só isso? - afastei nossas mãos, me ajeitando no sofá. - Já viu o olhar dele pra você? Pare de me esconder as coisas, eu sei que não é só isso! - ele virou o rosto, olhando para o chão da sala e depois para os próprios pés, como se pensasse em algo para me dizer. 
- Podemos ir? - começou a bater o pé impacientemente no chão, evitando me olhar. 
- Não! - cruzei os braços. - O que você fez pro Jonas? 
- Ele é louco! - ele se levantou, com a voz alterada. - Eu não fiz nada! Agora me escuta... - ele se aproximou, segurando meus braços. - Podemos ir agora e evitar alguma encrenca ou podemos ficar aqui remoendo o passado e ele acabar nos achando. - balancei minha cabeça e uma onda de arrependimento passou por mim. 
Mas fugir era a coisa certa, não era? 
Apenas levantei, pegando minha mala e indo até a porta, sem dizer nada. 
Tudo começava a fazer sentido, eu só não conseguia entender por que Cam era o jurado de morte... Alguma peça ainda faltava naquele jogo e eu a acharia. Mesmo que longe de Joseph, mas eu descobriria. 
Quando chegamos ao estacionamento, imediatamente entrei no carro, enquanto Cam colocava as duas pequenas malas no banco traseiro. Quando ele saiu do lugar, já na rua, olhei para cima e pensei na loucura que Wolfe estava fazendo, ele largaria a vida boa que tinha por minha causa? Alguma coisa estava errada... - Eu me sinto um adolescente! - ele entrou no carro, com uma aparente empolgação na voz. - Não me faça lembrar de adolescência... - ele revirou os olhos e depois me encarou, segurando o volante com as duas mãos. Aquele idiota tinha que parar de ser sexy, mas que droga. - Você nunca vai me perdoar, não é? - Eu tô dentro de um carro prestes a fugir com você! Isso responde sua pergunta? - ele sorriu e deu a partida. 

Joseph's POV 

Aquela... Aquela maldita iria me pagar, como ela teve coragem? 
Balancei meu braço com força, tentando a todo custo me livrar daquela porra daquela algema, mas não adiantava, ela não iria abrir. Eu precisava de ajuda. 
Pensar que alguém iria me ver naquela situação era constrangedor demais... Bom, dar a honra de verem seu conteúdo ou ficar naquele quarto por horas? Eu tinha que pensar rápido. Mas que diabos pensar rápido, eu me encontrava em uma situação ridícula. 
Não demorou muito até que a porta se abrisse e o grito da faxineira quase me deixasse surdo. Percebi que ela não tirava os olhos de mim e mandei que ela parasse de olhar como se nunca tivesse visto um daqueles antes e fosse procurar ajuda. A coitada saiu correndo e eu só consegui xingar, e xingar e xingar mais um pouco Demetria. 
Ah... Isso não ficaria assim. 
Eu esperava que ela soubesse o significado da palavra revanche
Depois de passar por um dos momentos mais constrangedoras da minha vida, estava finalmente solto. Assim que a policial que havia me soltado saiu do quarto rindo da minha cara, vesti minhas roupas e saí praticamente correndo do hotel. Eu precisava encontrar ela e algo me dizia que precisava encontrar Wolfe também. Era óbvio que ela tinha fugido com ele. 
Isso provava que... Ela não se importava... E eu também não. 

Avistei Jared no saguão e fui até ele, avançando sobre o mesmo e segurando no colarinho de sua camisa. Eu podia sentir a fúria pulsando por todo meu corpo e ver aquele olhar dele não ajudava em nada. 
- Onde ela foi? - fechei meus olhos, o soltando. - Por que eu saberia? - era óbvio que ele estava mentindo. Eu só poderia estar com "idiota" escrito na minha testa aquele dia, não era possível. 
- Jared, eu não vou perguntar de novo! - tomei a arma de um dos guardas que passava por ali, segurando-a firmemente. 
- Ela... - ele respirou fundo, evitando olhar direto pra mim. - Ela fugiu com o Wolfe! 
Naquele momento senti que meu corpo ia explodir de tanta raiva, ao ponto de querer destruir tudo ao meu redor. Meu estado só piorava, logo eu teria um ataque cardíaco. 
Mas não antes de acabar com a raça daquele filho da puta. 
Era tudo culpa dele. De novo, de novo aquele desgraçado ferrando com a minha vida! 
- Vem comigo! - disparei até meu carro, sendo seguido por Jared que estava bem tenso, dava pra notar pela cara de merda que ele fazia. Entrei no carro, apertando o volante com toda a força que eu tinha, fechando meus olhos e soltando o ar pausadamente. 
Eu me odiaria pra sempre por pensar aquilo... 
Mas toda aquela situação não havia apenas me deixado puto... Havia me deixado... Como era mesmo o nome daquela palavra? 
Acho que... Magoado, triste, aborrecido... Não sei bem. 
- Vamos pegá-los! - eu disse, com o olhar fixo na estrada. 

/Joseph's POV 

It's my life, it's now or never... I ain't gonna live forever! - Cam cantarolava, sem tirar os olhos do caminho. Olhei torto para ele, me sentindo um pouco incomodada pelo volume da música. Logo ele percebeu aquilo e abaixou a música, não deixando de continuar a cantar. 
- Oh, me desculpe, é que eu não resisto quando se trata de Bon Jovi... - deu um sorrisinho de canto. 
Uma chuva fina caía sobre a estrada, eu apenas conseguia encarar o nada, pensando no que havia feito, pensando em como Joseph deveria me odiar depois de tudo. Eu não estava feliz com aquilo. 
Cam continuava a cantarolar, virando a esquina do apartamento, já que demoramos um pouco para sair de lá devido a um telefonema do pai dele. Digamos que Cameron teve que pensar em uma desculpa para estar saindo de seu apartamento, mas isso não me importava nem um pouco. Vi ele sorrir, não suportando a maneira como ele conseguia se manter calmo. 
Cam, por que você tá tão calmo, sem medo... Ele quer te matar! - falei, virando meu rosto e olhando a estrada úmida. 
- Se ele quer me matar, vamos deixá-lo tentar. Passar esses dias com você tá sendo ótimo, e olha só, eu devo isso a ele. - deu um sorriso de canto. 
- Que irônico, não? - olhei para ele, sorrindo em seguida. Mas uma preocupação sem tamanho me dominava por dentro. Ele ia cantar o último trecho da música, quando um barulho de celular tocando me assustou e logo ele estava com o aparelho na mão. Olhou algumas vezes para o visor, lançando um olhar de canto para mim e enrugando a testa. 
- Não vai atender? - apontei para o aparelho, percebendo que ele estava estranho. 
- Não! - se recompôs, desligando o celular e o guardando de volta no bolso. - Mas e aí, como você conseguiu escapar do Jonas? - tratou logo de mudar de assunto. 
- Você não vai querer saber... - abaixei a cabeça, fingindo um riso. 
- Merda! - ele xingou e eu percebi que o carro ia perdendo a velocidade. - Gasolina... - olhou ao redor, respirando aliviado ao ver um posto do outro lado da rua, usou o pouco de gasolina ainda presente no carro e conseguiu levá-lo até lá. Abriu a porta do carro e colocou o corpo para fora. 
- Quer alguma coisa? - respondi que sim com a cabeça. 
- Um suco qualquer, minha garganta tá seca demais! - ele fechou a porta e caminhou até uma lojinha de conveniência, entrando na mesma. Depois de alguns minutos ele saiu e me entregou o suco pela janela, cuidou do problema da gasolina e voltou para dentro do carro. Vi que o sol estava forte e batia no rosto de Cam devido a janela aberta. Evitando aquela claridade, virei meu rosto e dei de cara com o retrovisor do carro. 
Merda, não podia ser... 
- Tom... - eu disse, imóvel. - Liga essa droga desse carro... Agora! - ele me olhou sem entender e eu olhei em desespero para trás, comprovando que aquele era o carro de Joseph e ele estava com Jared. - ANDA LOGO, PORRA! AGORA! 
Ele me obedeceu ligando o carro e dando ré, quase batendo em outro durante uma curva. Aumentando a velocidade, o carro de Joseph foi ficando mais longe e Cameron percebeu que tínhamos companhia. 
- Droga! 
- VAI LOGO! - eu gritei, desesperada, sentindo todos os músculos do meu corpo doerem de tanta tensão. Eu estava morrendo de medo. 
Cam entrou em outra rua, quase atropelando um casal que passava despreocupado por ali e gritou um palavrão. Olhei pra frente, acompanhando sua visão e percebi que aquela era uma rua sem saída. Ótimo. Ele tentou dar ré, mas o carro de Jonas já havia entrado na mesma rua e nos cercado completamente. 
Respirei fundo, percebendo o olhar de Cam sobre mim e evitando olhar na janela. Inclinei-me, pegando minha mala e tirando de dentro dela a arma que eu havia me esquecido por todo aquele tempo que estava ali. Cam arregalou os olhos ao vê e segurou meu braço, tentando impedir que eu a usasse. 
- Me solta! Eu tô tentando salvar a sua vida! - eu disse aquilo duvidando de mim mesma e abri a porta do carro, saindo. Logo de cara meu olhar se encontrou com o de Joseph, que sorriu assustadoramente ao me ver. Mais ao fundo, estava Jared que também me olhou, mas aquele era um olhar triste. Cam saiu também, parando ao meu lado. 
- Olha só que coisa mais romântica! - Joseph fingiu uma expressão romântica. - O casal fugindo do vilão... - balançou a cabeça negativamente e fez um sinal com a mão para Jared. - E eu tentei ser bom com os dois... Lovato... Que situação você me deixou, aprendeu a ser malvada desse jeito com quem? - ele vinha dando passos lentos, mas ficava cada vez mais perto de nós. - Jared! 
Ao dizer o nome de Jared, o mesmo apontou uma arma para Cam, que tentou correr, mas seu corpo parecia ter congelado de imediato. Olhei para o rosto de todos, percebendo que Jonas se aproximava de mim. Lembrei da arma que estava na minha mão e sem pensar duas vezes a apontei para ele, o vendo parar de andar. 
Jared me olhou surpreso, sua mão estava completamente trêmula. 

4 comentários:

  1. Primeira õ/
    Geeente estou sem palavras tipo: Whooa :o
    Perfeito. Continua agora u.u
    bjus

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  2. Ai meu Deuuus q isso gente, posta maiiiiis, to anciosaa, meu jesus, q capítulo tenso é esse , postaaa

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  3. maratona pf. posta mais depressa sou sua fã ! bjs :* posta mais plz

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  4. MLR ACDE VC?/
    CADE O PROXIMO CAPITULO??
    EU VOU ENTRAR EM CRISE DE ABSTINÊNCIA!!
    Por favor posta logoooooo!!

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