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sábado, 25 de janeiro de 2014

Secretary - Capítulo 6


Desci pelo elevador, percebendo que o saguão do hotel estava praticamente vazio. Por que ficar aqui quando podem aproveitar seus quartos maravilhosos, não é? Coloquei óculos escuros e caminhei até a entrada. Jared estava parado do outro lado da rua, encostado no carro, seu olhar ficou sério quando encontrou com o meu. Não, merda, ele que iria me levar? Maldição. 
- Olá! - Joseph me abraçou por trás, me dando um susto. Aproximou a boca de minha orelha e sussurrou. - Posso contar com você hoje? - fiz que sim com a cabeça, me soltando dele e caminhando até o outro lado da rua. Sem esperar nada, entrei pelo banco do passageiro, vendo que ele conversava com Jared, parecia estar dando instruções de algo para ele, pois gesticulava com as mãos. Sorriu, olhando pra mim e em seguida atravessou a rua, entrando no hotel novamente. Minhas mãos estavam geladas, eu estava com medo de estar no mesmo carro que Jared, sozinha com ele. Não guardava boas recordações daquele homem. Ele entrou no carro e girou a chave na ignição, logo já estava virando a esquina. 
Silêncio. 


Eu já não sabia onde estávamos, afinal, eu não conhecia aquele lugar, só consegui perceber que o lugar era composto apenas por prédios comerciais e residências, nada além disso. As ruas eram calmas e era raro ver pessoas comuns transitando por ali. 
- Me desculpe. - levei um susto ao ouvir a voz de Jared. Dessa vez, ela não era grosseira como quando estávamos na casa de Joseph, era normal, talvez até culpada. 
- O quê? - eu disse, atordoada. 
- A merda que eu tentei fazer com você, me desculpe mesmo. - ele não podia me encarar, pois estava no volante, mas senti que suas palavras eram sinceras. 
- Hm... Tá certo, esquece isso. - respirei fundo, sentindo uma ponta de alívio ao ouvi-lo dizer aquelas palavras. 
Toda aquela demora estava começando a me incomodar, só Deus sabia onde o tal Wolfe morava... Sim, eu preferia falar assim, às vezes nem era a mesma pessoa que eu tanto imaginava. Talvez fosse só uma coincidência de nomes. Mesmo assim, aquilo era horrível, saber que eu teria que tentar seduzir alguém por motivos de vingança... E onde é que o Joseph conseguiu essas informações sobre ele? Quanto mais eu pensava, mais eu me assustava com as coisas que poderiam acontecer. O carro parou subitamente, e eu olhei sem entender para Jared, talvez a gasolina tivesse acabado, ou coisa pior... Ele olhou para mim, em silêncio. Respirando pesadamente em seguida. 
- Tome cuidado. - as palavras saltaram de sua boca, de uma maneira que não ficou muito explicada. - Ele não é o que parece ser... - fiquei tentando entender o que ele quis dizer com aquilo. 
- Por que você parou o carro? 
- Por que isso é loucura! Olha, senhorita Lovato... 
Demetria! - eu o corrigi. 
- Como quiser... Isso é loucura... Você tem noção do que ele quer fazer? Já parou pra imaginar? - me arrepiei com as cenas das possíveis coisas que Joseph planejava, que vieram em minha cabeça. 
- Não é estranho você estar me falando isso? Você trabalha pra ele. - minha voz estava alta. 
- Eu não tenho escolha... - virou o olhar para baixo, balançando uma das pernas em seguida. Estava tenso. 
- Não? Jared... Por que você trabalha pra ele? - fiquei com medo da resposta que receberia. 
Ele fez com que o carro se movimentasse de novo, encarando a rua vazia. Mantive-me parada, encarando seu rosto. Ele me ignorou e continuou a dirigir. Depois de alguns sinais vermelhos, ele parou o carro novamente em frente a um prédio um pouco menor do que o hotel em que estávamos. A fachada era cinza, não muito luxuosa, mas bonita e bem cuidada. 
- Faça o que tem que fazer. - ele disse, passando uma das mãos no cabelo. - Não irrite o Jonas, falo sério. 
- Você me deve uma resposta! - eu disse, abrindo a porta do carro em seguida. Ele deu a volta e foi até o final da rua, parando o carro em uma esquina. Levantei minha cabeça, imaginando o que me esperava lá em cima. Peguei o pequeno papel em meu bolso que continha o número do apartamento e o que eu deveria dizer. 

Depois de inventar uma desculpa para o porteiro, entrei no elevador, apertando o botão do andar indicado no papel. Meu estômago dava cambalhotas e minhas pernas queriam sair imediatamente dali. E se fosse ele? E se fosse o garoto que me deu o fora? Não, não podia ser. Era só o maldito nome que era igual, só isso. Deveria ser um homem mais velho, talvez até com mais de 40 anos, eu lá saberia o tipo de pessoa com quem Jonas se metia? 
As portas do elevador se abriram, indicando um ambiente branco, com várias portas espalhadas por um enorme corredor. Engoli em seco, esfregando minhas mãos. A cada passo que eu dava, uma memória de minha adolescência surgia em minha mente como um pequeno filme. Tentei me livrar daquilo, respirando fundo várias vezes. Dei de cara com a porta que continha o número anotado no papel, passei as mãos freneticamente em meus cabelos, procurando calma dentro de mim, mas não encontrei, toda a minha calma tinha ficado em Londres. Mentalizei tudo que deveria dizer, não importava quem atendesse aquela porta. Não estrague tudo, Demetria, não estrague. 
Toquei a campainha que ficava do lado da porta. Nada... Talvez não estivesse em casa, isso me causou um alívio que logo se transformou em surpresa, confusão, medo, raiva... 
- Sim? - abriu a porta, me olhando confuso. - tive que me segurar na parede, ou cairia. 
Era ele, era Cameron Wolfe... Eu nunca poderia esquecer aquele rosto, aquele cabelo que agora estava mais curto, porém continuava tão convidativo. Suas feições continuavam as mesmas, apenas um pouco mais adultas, seu corpo estava definido e uma camisa vinho junto com uma calça jeans escura o cobria. Meus lábios estavam trêmulos, minhas pernas queriam vacilar, mas eu balancei a cabeça rapidamente e tentei lidar com aquilo. 
- Hm... Eu preciso de ajuda. - eu disse, soltando o ar o mais devagar que conseguia. 
- Ajuda? Em quê? - ele deveria estar começando a pensar que eu era uma louca ou que estava passando mal, porque eu deveria estar mais branca que o papel em meu bolso. 
- Meu... Meu primo, estou procurando o apartamento do meu primo. - olhei para as outras portas. - Ele me disse que morava nesse andar, mas não o encontrei, acho que se enganou... - meus olhos ainda surpresos deveriam estar dizendo que aquilo era uma desculpa, mas ele sorriu, olhando em volta. 
- Qual é o nome do seu primo? Talvez eu o conheça! - pensei em algum maldito nome. 
- Carter! - soltei, antes de perceber o que eu tinha feito. Carter era amigo dele, Carter era o garoto que mais zombava de mim na escola. 
- Nossa, eu tenho um amigo chamado Carter, mas ele mora em Londres. 
Claro, o filhinho de papai ridículo ainda morava em Londres. 
Por um momento, senti o nervosismo me deixar e fui tomada por um sentimento de vingança, ou algo do tipo. 
- Não conheço nenhum Carter por aqui, sinto muito. - ele ia fechar a porta, mas eu fui mais rápida e coloquei o pé na mesma, deixando minha perna descoberta esticada. Ele a encarou, olhando meu rosto em seguida. 
- Posso usar seu telefone? - pedi, mordendo o lábio. - ele pareceu pensar duas vezes antes de deixar que uma estranha entrasse ali. 
- Claro, entre! - deu espaço para que eu entrasse, fechando a porta em seguida. Seu apartamento era grande, claro e confortável. Ele encostou-se a uma parede, esperando que eu fosse até o telefone. Fiz isso, discando um número qualquer em seguida. Apertei o botão que fazia a linha cair e fingi que conversava com alguém. O enganei por dois minutos, de costas, fingindo estar conversando com o meu suposto primo. 
- Puxa, me enganei de prédio. - sorri, sendo acompanhada pelo riso dele. - Desculpe. 
- Tudo bem... - ele disse, chegando um pouco mais perto. - Escuta, te olhando melhor... Nós nos conhecemos de algum lugar? - colocou a mãos no queixo, pensativo. 
O filho da puta me achou familiar, então? Acho que a falta de maquiagem preta, cabelos bagunçados e aparência roqueira fizeram com que ele não percebesse. 
- Hm, não sei, vejamos... Como se chama? - como se eu não soubesse. 
Cameron Wolfe, mas pode chamar de Cam. - nós estávamos em uma pequena distância um do outro, ele tinha os braços cruzados e eu tentava controlar minha perna que ainda se mantinha meio trêmula. - Qual é o seu? 
Demetria... - sorri, mais para vingativa do que simpática. - Lovato. 
Seus olhos se arregalaram e seu olhar ficou mais pesado sobre mim. Ele abriu a boca para falar, mas a fechou de novo. Começou a rir, encarando a janela. Onde diabos estava a graça naquilo? 
Demetria Lovato... Não, não pode ser... Você... 
Você é o problema, sua estranha. - forcei uma voz masculina, cruzando os braços e mordendo o lábio em seguida. - Sua coleguinha roqueira, excluída da sociedade, deixe-me ver o que mais... Maluca, assustadora... 
- Porra! - ele me interrompeu, se aproximando. O abraço inesperado fez com que meu coração acelerasse. Esse Wolfe era um cachorro mesmo, hein? Me tratou como nada na escola e agora vem me abraçando? Francamente... 
- Quanto tempo! - me soltou, ainda rindo em seguida. - O que você faz aqui? 
- Como eu disse, eu tô atrás do meu primo e por outras coisinhas mais. - fiz uma expressão monótona. 
- Puxa, você tá tão... Tão... - ele estava bobo, logo eu teria que colocar um babador em seu pescoço. 
- Eu cresci, assim como você! - mexi em meu cabelo de propósito - Bom, já que Carter não mora aqui, vou indo. - fui até a porta. - Bom te ver de novo, Cam... 
- Não! Espera! O que você faz aqui? - repetiu a pergunta. - em Los Angeles? - estava eufórico... Ainda. 
- Eu trabalho, sou... - lembrei de Joseph e de tudo que havia acontecido. - Bem, estou aqui a motivos de trabalho. - ele sorriu, indo até a porta junto comigo. 
- Olha, faz muito tempo que eu não encontro colegas da escola, quer ir tomar um café ou qualquer coisa comigo qualquer dia? - sorriu e, puta que pariu, aquele cara continuava sexy como sempre. 
- A Melissa não vai se importar? - o peguei de surpresa, rindo por dentro de como ele ficou sem graça. 
- A Melissa foi um namorico sem importância... - balançou a cabeça negativamente. - Onde você está morando? - fiquei em silêncio por um tempo, mantendo a expressão indiferente. 
- Não te interessa onde eu moro... E, sim, aceito tomar qualquer coisa com você... - sorrimos juntos. 
- Amanhã? - fiz que sim com a cabeça. - Me encontra aqui? 
- Tudo bem, Cam. Até mais. - fiz com que nossos corpos se chocassem de propósito, passando rapidamente pela porta do apartamento em seguida. Saí rebolando, sem olhar para trás. 
Adoro um reencontro, espero que ele também. Se bem que... Aquilo não dependeria de mim como eu gostaria... 

Depois de sair do apartamento de Cam, convenci Jared a ir até uma cafeteria comigo. Joseph não precisava saber, precisava? Entramos, sentando em uma mesa afastada. A garçonete veio até nós, pedi apenas dois capuccinos. Encarei o lugar, que estava meio vazio, e depois virei meu olhar para Jared, ele não me olhava, estava tenso e provavelmente preocupado que o chefe descobrisse onde ele estava. 
- Não fique assim... Você cumpriu com sua obrigação, eu acho. - nosso pedido chegou, esperei até a moça se afastar e bati na mesma tecla de antes. - Agora você pode me dizer? 
- Pra Joseph Jonas atirar em sua cabeça não precisa de muito! - ele ignorou minha pergunta, distraído. Gelei com aquela revelação, imaginando se aquilo realmente era verdade, se ele já havia feito aquilo com alguém. 
- Por que você trabalha pra ele? 
- Você também trabalha pra ele, deveria perguntar isso a si mesma. 
- Você sabe que é diferente, Jared. - dei um gole no conteúdo de minha xícara. 
- Não tenho escolha, eu preciso desse emprego. - franziu o cenho, bufando em seguida. Fiquei em silêncio, esperando que ele falasse mais - Há um ano, meu pai saiu de casa, deixando eu, minha mãe e minha irmã mais nova desamparados. Ele não se importou com nada, não se importou que talvez nós até passaríamos fome. Com o passar do tempo, minha mãe foi ficando fraca e doente, até o dia que descobriu que sofria de uma doença rara do coração. Depois de muitos exames, ela descobriu que precisava tomar vários remédios para que não morresse. O problema era que esses remédios eram caros, tínhamos que escolher, ou os remédios para ela ou a comida dentro de casa. A situação cada dia ficava mais deplorável, minha irmã se tornou uma vagabunda que virava as noites fora de casa, dormindo com qualquer um por aí. Um dia, cansado de ver minha mãe morrendo aos poucos, eu saí de casa e jurei pra mim mesmo que só voltaria quando arranjasse um emprego. No caminho, dei de cara com um enorme prédio... Era tão bonito! - deu uma pausa, tomando o resto de seu capuccino. Eu continuava olhando pra ele, absorvendo tudo que dizia. - Resolvi entrar, eu pediria um emprego ali, nem que fosse pra varrer o chão ou até uma coisa menos significante. Foi então que encontrei o Jonas, a princípio eu achei que ele me chutaria dali como um cachorro, mas quando eu pedi o emprego, ele sorriu e ainda me lembro de suas palavras "Que tal ser mais do que isso? Ouça, Jared... É Jared, né? Gostaria de ser meu segurança e ajudante? Você não será o único, tenho mais dois amigos pra você!" Claro que ele me alertou que não seria um serviço fácil, mas o dinheiro que eu ganharia era o suficiente para comprar tudo que minha mãe precisasse e ainda sobraria... Bom, é isso. - ele respirou fundo, olhando para mim. 
Eu nunca imaginaria que um cara que tentou abusar de mim tinha passado por coisas como aquelas, e isso fez com que eu me sentisse mal. 
- Fez isso pela sua mãe? - eu disse, com um meio sorriso. 
- Ela é a única coisa que vale a pena que eu ainda tenho... - sorriu também, mas sem alegria alguma. - Aquele dia, na casa dele... - fiquei desconfortável com o rumo que a conversa tomou. - Eu não sei o que me deu... Sabe, ficar com pessoas tão frias, com o tempo, acaba fazendo com que você fique frio... Mas eu não sou assim, eu não quero ser assim. - desabafou. 
- Isso vai acabar logo, Jared. 
- Eu só espero que acabe bem. 
Abaixei o olhar, com medo de pensar no futuro, com medo de pensar no rumo que aquela história tomaria. Eu não tinha mais certeza de nada, principalmente depois de encontrar com Cameron de novo. Agora, sim, estava tudo de cabeça para baixo com tendência a piorar. 

Voltamos para o hotel, Jared me deixou na entrada e foi com o carro para o estacionamento. Subi correndo, com uma ansiedade esquisita. Cheguei ao quarto reparando que ele estava vazio. Olhei para a cama, lembrando do que havia acontecido noite passada ali, eu poderia até sorrir se aquilo não fosse completamente errado. Virei de costas, indo até a janela. Fiquei ali por um tempo, até ouvir a porta do banheiro se abrir. Virei meu pescoço rapidamente e dei de cara com um Joseph de toalha, tampando suas partes baixas, meio molhado e um perfume delicioso entrando por minhas narinas. 
- Olha só, já chegou... - ele me olhou, e eu entendi aquele olhar como uma pergunta. 
- Eu o encontrei e nós marcamos de sair amanhã. - ele sorriu de imediato, vindo até mim e me levantando no ar e eu gritei, não esperando que ele faria aquilo. 
Lovato, você é ótima, caralho, foi fácil! - me colocou no chão de novo, envolvendo as mãos em minha cintura. Sua toalha estava quase caindo o que tornava a situação meio perigosa. - Vamos sair pra comemorar hoje! - sorriu malicioso e se virou, indo atrás de uma roupa para se trocar. 

Flashback 

O sinal que indicava o fim das aulas finalmente havia batido para o alívio de Demetria. Arrumou seu material rapidamente e saiu andando rápido pelo corredor até chegar a saída da escola. Ali, várias rodinhas de amigos faziam bagunça, meninas falavam sobre o baile, meninos se gabavam das parceiras que haviam conseguido para a noite que se aproximava. Bufou, lutando para que lágrimas não saíssem de seus olhos. 
"Porra de mundo injusto". Pensou, vendo Cam abraçado com Melissa. Todos se divertiriam naquele maldito baile, todos festejariam com os amigos, e ela? Ficaria em casa ouvindo músicas dramáticas em um volume tão alto que com certeza irritaria sua mãe. Passou pelo portão principal, caminhando com raiva pela calçada larga. Colocou os fones nos ouvidos, aumentando no máximo o rock com batidas fortes que tocava. Começou a atravessar a rua, pisando firme, com raiva, sem olhar para os lados... 
- CUIDADO, GAROTA! - uma voz a fez arregalar os olhos e se jogar para o lado. O carro estava a poucos centímetros de seu corpo. Suas pernas tremiam tanto que ele não conseguia sair dali, apenas encarava o motorista do carro e um garoto que colocou a cabeça para fora da janela. Seus olhos se encontraram e de repente uma tristeza sufocante invadiu seu peito. 
Depois de um grito do velho que dirigia o carro, ela continuou a andar, pálida e trêmula, com aquela sensação ruim. 

/Flashback 

Joseph estacionou o carro em uma das vagas do estacionamento de uma das boates mais badaladas de Los Angeles. As luzes piscavam fortes na entrada, o que lembrava um bordel. Pessoas bem vestidas e com garrafas nas mãos andavam por ali, conversando alto umas com as outras. Desci do carro, ajeitando meu vestido preto tomara-que-caia e fui até o lado dele, segurando em seu braço em seguida. Ele usava uma camisa preta, com as mangas dobradas e uma calça jeans também preta. Ele ficava gostoso de preto, fazer o quê? Passamos pelo segurança da boate, entrando em seguida. O lugar era incrível. 
- Esse é só o começo da nossa comemoração particular. - colocou uma das mãos em meu quadril, apertando em seguida. Mordi o lábio e voltei meu olhar para a boate. Tinha dois andares, os jogos de luzes eram tão intensos que por um momento eu me sentia mais solta, como se fosse algum tipo de droga. Pessoas dançavam, se esfregando umas nas outras, algumas bebiam, bebiam e bebiam mais, sem se preocupar com nada do mundo lá fora. Bionic da Christina Aguilera tocava no volume máximo, meu coração batia junto com as batidas, de tão altas que eram, mas um mal estar repentino fez meu estômago embrulhar e eu procurei com os olhos alguma porta que indicasse o banheiro. 
- Vou ao banheiro! - disse para ele, andando meio desengonçada, mas segurou meu braço e me trouxe para perto de si. 
- Acabamos de chegar, Lovato, não me deixe aqui sozinho. - grudei nossos lábios, passando minhas unhas por seu pescoço. 
- Eu volto logo. - me soltei dele e sorri. 
Depois de ter conseguido passar por toda aquela gente, encontrei o banheiro, me perguntando como eu encontraria Joseph quando saísse dali. Entrei, percebendo que estava vazio, o que era estranho. Apoiei minhas mãos no mármore da enorme pia e encarei minha imagem no espelho. Eu estava bem, não estava pálida, aquilo era só uma reação às coisas que aconteceram nesses últimos dias. Respirei fundo, pegando o batom em minha bolsa e comecei a retocá-lo. A porta se abriu e uma mulher com um vestido azul entrou, foi até o espelho e também começou a retocar sua maquiagem. Guardei o batom na bolsa, já pronta para sair do banheiro. 
- Como é estar com Joseph Jonas? - sua voz firme fez com que eu virasse meu corpo na direção dela, em choque. Ela me conhecia? Conhecia Joseph? - Você é uma garota de sorte... - se aproximou e eu fui dando passos para trás, conforme ela chegava mais perto. - Só tome cuidado, garota... - senti a parede gelada atrás de mim. Ela parou, a poucos centímetros me lançando um olhar assustador e debochado ao mesmo tempo - Você pode estar se metendo em uma fria... - por que diabos aquela mulher estava tão perto de mim? - Ele é perigoso, muito perigoso. No começo, é um perigo que excita - falou, perto do meu ouvido e eu arregalei os olhos, pronta para tirá-la da minha frente. - Mas pode acabar se tornando algo que mata. 
A empurrei para trás, abrindo a porta do banheiro e saindo rápido dali, quase tropeçando com meu salto. Consegui ouvir sua risada e a última coisa que ela disse, que fez com que aquilo ficasse ainda mais sinistro. 
- É só o começo, querida. 

7 comentários:

  1. Ok, pireiiiiii, quem é essa mulher? Joe e um bandido? Ou apenas um homem vingativo? Aii meu Deus to amando posta mais um pelo amor de Deus, eu vou morrer de curiosidade

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  2. Posta , adorei, quem e a mulher ?

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  3. Gostiiii posta mais pleaseee

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  4. você voltou e voltou com tudo hein garota kkkkkkkkkkkk'
    posta logo viu
    beijinhos

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  5. Oi!
    Não sei se gosta de ler ou se tem tempo para isso mas à alguns dias um blog voltou ao ativo. A escritora voltou depois de alguns dias. E tem história nova. Deve ter perdido alguns leitores e como estou atento ao blog, tenho ele nos favoritos, decidi recomendar o blog. Não estou pedindo para comentar ele ou seguir mas se gostar das histórias siga e comente. Vai fazer bem à escritora.

    http://dianaisabelpinto.blogspot.pt/

    estou lendo os posts do seu blog. por enquanto ainda não comento nada porque ainda estou no início.

    beijos.

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Sem comentario, sem fic ;-)