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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Secretary - Capítulo 9


Ficamos cerca de uma hora brincando daquilo, somado, é claro, ao tempo que alguém ia à cozinha pegar uma bebiba. Apesar das risadas, sorrisos maliciosos e tudo o mais, eu ainda podia sentir a tensão ali. Os olhares de Joseph para Cameron, o jeito que ele apertava as mãos quando o outro ia falar alguma coisa, o jeito que ele olhava pra mim, querendo dizer alguma coisa. Querendo dizer que eu o ajudaria a fazer o ele queria. 
Ninguém no lugar estava completamente nu: Cam ainda estava com suas calças, apenas sem camisa, Margo estava apenas com a lingerie - dava pra perceber o tipo que ela era - Joseph estava apenas de boxers e eu ainda estava com minha saia e minha blusa. Eu não era tão experiente assim, sexualmente falando. 


- Isso daria uma bela orgia! - Margo soltou, gargalhando alto em seguida. Os bêbados não pegavam no sono rápido? O que aquela coisa fazia acordada? Cam aparentava estar morrendo de sono e logo cairia ali. 
- Cala a boca, vamos embora! - Joseph se levantou, pegando suas roupas e as vestindo ali mesmo. Todos fizeram o mesmo que ele, exceto por Cam, ele estava em sua casa mesmo, pra que vestir a roupa que havia tirado? 
Vi Cam tombar a cabeça para o lado e por uma das mãos na mesma, sua expressão não era muito boa e eu olhei para Jonas, que me encarava, esperando que eu saísse com eles. Margo já estava na porta, se segurando na mesma para não cair. 
- Eu... Vou ficar aqui com ele. - disse, recebendo um olhar surpreso de Cam e um que não consegui identificar de Joseph. 
- Ah, você vai? - ele disse, com aquele olhar de superioridade que sempre fazia. 
- Sim, ele não está bem, não é legal deixá-lo sozinho. 
Joe, vamos embora, eu tô com sono, merda! - Margo choramingou, batendo o pé. A voz ainda mole. 
Olhei para Cam, dando um meio sorriso para ele, que retribuiu, apesar da expressão de dor. Voltei meu olhar para Joseph e torci para que ele aceitasse aquilo, por mais impossível que fosse. Eu poderia tentar fugir, poderia ligar para a polícia ou qualquer outra coisa, mas confesso que nada daquilo havia passado pela minha cabeça, na verdade. 
- Fica aí com ele então... Te vejo amanhã no hotel. - ele não estava apenas dizendo, ele estava mandando. Após dizer isso, saiu pela porta sem ligar para Cam, seguida pela amiga que deu um aceno exagerado com a mão. Bêbada. 
Respirei aliviada, por finalmente ter me livrado de toda aquela companhia e olhei para Cam. Droga, ele não estava bem. Fui rápido até ele, me sentando do seu lado, antes que eu percebesse, ele já havia se inclinado e deitado a cabeça em minhas pernas, virando de lado. 
- Tudo bem? - eu disse baixinho. 
- Não, minha cabeça dói. - como era ruim vê-lo daquele jeito, era como se toda a raiva que eu sentia se transformasse em... Não, nada disso. Você seria apenas legal com o homem e o ajudaria a ir pra cama, daí você passaria a noite ao lado dele, apenas o olhando, como uma idiota. Isso, Demetria, parabéns. 
Sem falar nada, mexi-me, vendo ele levantar a cabeça segurando-a e me levantei, o ajudando a se levantar. Cam colocou um braço por volta do meu ombro, olhei para ele, afinal, não sabia onde ficavam os quartos. 
- À direita. - ele disse, sonolento. Fui caminhando devagar, passando pelo corredor e chegando ao final, abri uma porta e lá realmente era seu quarto. Como a cama era grande. Mas por que eu estava reparando nisso? Caminhamos até a cama, ele sentou, ainda abraçando meu ombro e quando se deitou, acabou levando meu corpo junto, fazendo com que nossos rostos ficassem praticamente colados. 
- Desculpe. - ele disse, me soltando e virando o corpo para o lado. - Pode ficar à vontade, desculpe por isso. 
- Sem problemas. - eu disse, me ajeitando na cama e olhando em volta. Seria uma longa noite. 
Sem aventura alguma, é claro. 

Joseph's POV 

Vi Margo se jogar em minha cama, após termos entrado no quarto do hotel. Ela era tão fraca que conseguia ficar bêbada com as porcarias que havia bebido. Eu estava sóbrio, apenas frustrado. ComoLovato quis ficar com aquele... Não que eu me importasse, mas que graça teria ficar em um apartamento com um bêbado sonolento? A verdade era que isso tinha seu lado bom, mas não era algo que eu queria pensar naquele momento. Minha amiga problemática sorriu, fazendo sinal com o dedo para que eu fosse até a cama. 
Por incrível que pareça, eu não estava afim de sexo naquele dia... Não com ela. 
- O que você quer? - revirei os olhos, sem mover um músculo. 
- Ai, como você é grosso. - ela se levantou. - Olha, Joe, eu posso estar bêbada, mas sei o que acontece a minha volta. - riu, cruzando os braços. - Que merda toda é essa? 
- Do que você tá falando? A bebiba afetou o cérebro? - sorri. 
- Você é tão patético perto daquela mulher, fala sério, ir no apartamento do cara que você odeia e não fazer nada? - chegou ainda mais perto, ficando de frente para mim. 
- Isso não é da sua conta, e outra, foi você que inventou de ir pra lá! - eu estava perdendo a paciência. 
- É da minha conta sim, eu não sou qualquer prostituta que você comeu por aí, meu queridinho. - ela aumentou o nível de sua voz, quem ela pensava que era? - Tá se esquecendo das coisas que passamos? Quer um refresco de memória? 
- Grande merda! - eu disse simplesmente, passando por ela indiferente, tirando minha camisa e entrando no banheiro. 
- Eu sou uma das poucas pessoas que sabe do... - não, ela não começaria a falar sobre aquilo, vadia. Saí do banheiro, indo na direção dela e a empurrei na parede, encarando seus olhos, com fúria. Quem mandou me provocar. 
- Acho bom você calar a boca, antes que eu perca a cabeça... - ela riu, diferente de como eu havia imaginado. 
- Meu caro Joe, eu te conheço mais do que ninguém, eu praticamente passei minha adolescência com você... - me empurrou pelo peito, invertendo as posições, me deixando encostado na parede. - Não se lembra daquele dia que eu te chamei pra festa da Stacy e depois nós fugimos e passamos a noite toda em uma casa abandonada? Ah, eu me lembro como se fosse ontem. - engoli em seco, eu não queria lembrar daquilo agora. - Um garotinho indefeso, que ainda não conhecia os perigos do mundo, fumando seu primeiro baseado... Chega a ser lindo, nossa, fico emocionada em saber que te fiz provar umas das escapatórias dos problemas do mundo. E quando eu te deixei bêbado e... 
- Chega! - empurrei-a para trás, sentindo meu sangue ferver. 
- Você não deveria me tratar assim, afinal, a primeira garota da vida de um homem é especial... Ou se esqueceu quem foi que te apresentou o sexo? Há, só porque agora pode comer qualquer uma fica se achando e... 
- EU FALEI PRA CALAR A BOCA! - quando percebi, minha mão já havia atingido seu rosto que agora tinha uma expressão incrédula, os olhos dela me fitavam com tamanha raiva que eu poderia até ter sentido medo... - Não jogue essas coisas na minha cara como se fosse algo do qual eu me orgulhasse... Aliás, não sei por que você voltou, sua vadia. - soltei as palavras, não aguentando mais. Ela sorriu, já recuperada do tapa e apenas arrumou o cabelo. - Você aprendeu a ser assim comigo, então não espere que eu tenha medo de você... Afinal, os alunos nunca superaram os professores, se é que me entende... - ela sorriu, maliciosa. - Eu sei demais sobre você, Joe, e acredite, não é um tapa que vai me calar. - ela avançou em mim, me dando um selinho agressivo e em seguida me empurrou, fazendo com que eu caísse sentado na cama, saiu pela porta, batendo-a com força em seguida. Levei minha mão até a nuca, digerindo tudo que havia acontecido, com trechos de lembranças que há muito tempo não me visitavam. O celular começou a tocar. Merda. 
- Fala - eu disse, depois de pegar o celular em meu bolso. - Fala logo, porra! 
- Senhor Jonas, er... - era Jared, eu já deveria imaginar. Medroso como sempre, como se o mundo sempre estivesse acabando. 
- Jared, meu caro, fala logo que eu não tô com paciência alguma... Anda! 
O hotel acabou de ser informado que algo realmente terrível aconteceu e pediram para lhe avisar imediatamente. 

/Joseph's POV 

Abri os olhos, ficando sentada na cama. Já era manhã... Ou tarde. Olhei para o lado, vendo um Cam apenas de calças, dormindo tranquilamente. Seu peito subia e descia de uma maneira suave e sua pele era de um rosado natural. Um sorriso queria escapar por meus lábios ao ver aquilo, mas eu me controlei. Graças a Deus minha cabeça ainda não estava doendo e eu tinha total consciência de tudo que havia acontecido na noite anterior. 
E que noite... 
Encarei meu corpo, percebendo que estava sem minha jaqueta e com uma boxer de Cam que eu havia pegado quando decidi que dormir de saia na mesma cama que ele seria estranho e desconfortável. Ele não se importaria de me ver usando uma peça de roupa sua, tenho certeza. 
No mesmo instante que pensei nisso, o corpo dele se mexeu preguiçosamente e vi que ele já estava com os olhos abertos. 
- Olá, dorminhoco! - falei, meio sem graça. 
- Hey, Demi, você ainda tá aqui... - ele sorriu e sua cara amassada me fez rir. - Obrigado por não me deixar sozinho ontem. - se levantou. Ficamos sentados, um do lado do outro em silêncio. Percebi seu olhar sobre a boxer que eu estava vestida e ri, sem jeito. 
- Não se importa, né? - senti que minhas bochechas haviam corado. 
- Se eu me importo? É claro que não! - achei a resposta meio empolgada demais, mas tudo bem. 
- Nossa, eu preciso de um banho agora! - se levantou, me fazendo dar de cara com seu abdômen e braços nus... - Ainda bem que a dor de cabeça passou, mas eu não consigo me lembrar direito do que fiz ontem... Eu já volto, Demi! - dito isso, ele entrou no banheiro, fechando a porta e logo eu ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado. Tenho que confessar que foi difícil não imaginá-lo naquele momento, imaginar a água correndo pelo seu corpo... Não havia motivos, eu não poderia mentir para mim mesma, eu sentia algo por Cam, apesar de não conseguir definir o que era. 
Quando se é adolescente, as coisas são fáceis, é só sentir o coração bater mais forte por algum garoto e pronto, é como se a vida mudasse, mas com o passar do tempo você percebe que não é só isso, a vida não se baseava apenas nisso. 
Meu momento filosófico foi interrompido por um Cam com sinais de espuma pelos braços que havia aberto a porta do banheiro e estava com metade do corpo para fora, o chuveiro ainda estava ligado. Haviam se passado quinze minutos. 
- Hm, você pode pegar aquela toalha ali pra mim? - ele pediu sem graça, apontando pra uma toalha azul que estava jogada no chão, no canto do quarto. 
Levantei da cama, indo até lá e pegando a toalha, fui até a porta do banheiro e a coloquei na mão de Cam. Só quando levantei o olhar, percebi seus olhos me fitando tão intensamente, tão... 
Eu ainda segurava a outra ponta da toalha e foi como se eu tivesse levado um choque ao sentir sua mão molhada entrar em contato com a minha. Engoli em seco, sentindo meu corpo mandando uma resposta àquilo tudo. 
Foi rápido demais. 
Ele empurrou a porta que estava meio fechada com a mão, exibindo seu corpo coberto por espuma e nu, me fazendo arregalar os olhos e recuar por impulso para trás. Ele veio até mim, entrelaçou as mãos em minha cintura, molhando minha roupa e minha pele. Puxou meu corpo para trás, fazendo com que eu encostasse na parede do banheiro. Sua boca atacou meu pescoço, que se arrepiou de imediato, assim como o resto do meu corpo. 
- Não, não, não - ele começou a sussurrar. - Eu tive que resistir uma noite inteira, não me faça sofrer mais. - assim que disse isso, grudou os lábios nos meus, me puxando pra perto do chuveiro. A medida que o beijo ia se aprofundando, nós dois dávamos passos cegos até o box, entrando desajeitadamente lá dentro. Ele me empurrou pro canto, me fazendo gemer alto ao perceber que a água estava gelada. Depois de não haver mais parte do meu corpo que estivesse seca, ele me abraçou pela cintura de novo, encarando meus olhos e voltou a me beijar. Sua língua era ágil e quente, passeava pela minha boca, se enroscando com a minha língua. Coloquei minhas mãos em sua nuca, subindo para seu cabelo e o puxando de leve, ele sorriu entre o beijo, mordendo meu lábio inferior. 
Aquilo era loucura. 
Desceu uma das mãos até a boxer que eu vestia e a puxou para baixo, levando junto minha calcinha. Eu não me importei. Apenas deslizei uma de minhas mãos por seu abdômen, parando em baixo de seu umbigo, ele me olhou mais uma vez, fazendo um sinal positivo com a cabeça. Foi então que sem pensar duas vezes, minha mão envolveu seu membro ereto, o acariciando desde a base até a glande. Ele fechou os olhos, soltando um gemido abafado, mas eu logo acabei com aquilo, o fazendo soltar outro gemido, mas esse era em protesto. Passei minhas unhas por suas costas, sentindo-o arquear o corpo e quase o fundir com o meu. Sorri maliciosa, lembrando-me de uma coisa. 
- Sabe, Cam Wolfe - minha boca estava próxima de sua orelha - Seis anos atrás, eu fiquei muito mal com a sua rejeição, sabe? Naquele mesmo dia em que você se negou a ir ao baile comigo, eu tomei uma decisão. - ele se arrepiou ao me sentir morder sem cuidado algum seu lóbulo, gemeu meu nome, fazendo com que eu sentisse sua ereção roçar em minha perna. - Eu mudaria, eu mostraria para todos o que eu poderia fazer e com quem eu poderia fazer. Eu jurei a mim mesma que um dia, mesmo que demorasse muito... - o olhei nos olhos, meu Deus, como eram intensos, como transbordavam luxúria. - Você iria me olhar e pensar "que besteira que eu fiz". E olha só... Olha onde nós estamos agora, agora a sua cara olhando para mim. Chega a ser irônico, não? - mordi o lábio, vendo-o ficar sério e em seguida sorrir. 
- Meus parabéns, Demetria, você conseguiu, olha como eu estou por sua causa - ele começou a subir minha blusa, passando uma das mãos em minha barriga, como seu toque era bom. - Eu estou completamente louco por você... Bastou uma noite... - sua voz era tão sedutora que meu corpo queimava ao ouvi-la. - Você tem que ser minha agora! - a voz foi ficando rouca e eu já não sentia mais a blusa em meu corpo, o ajudei a tirá-la por completo. Como ela era frente única, eu não estava usando sutiã. Ponto para ele. 
Balancei minha cabeça negativamente, me sentindo malvada em torturá-lo daquele jeito, ri por dentro me sentindo extremamente parecida com Joseph naquele momento. Mas que se danasse JosephJonas. 
- Por favor, Demetria... - sua voz era suplicante e aquilo me excitava mais ainda. Beijei-o, sentindo suas mãos percorreram todo o meu corpo, sem restrições. - Oh, droga! - ele me soltou, indo rápido na direção de um pequeno armário que ficava no canto do banheiro. Voltando rapidamente com uma camisinha em mãos, colocou-a rapidamente e me agarrou de novo. 
- Eu não preciso dizer nada, meu corpo fala por mim. - senti-o me pressionar contra a parede, massageando uma de minhas coxas, ele a apertou no interior e fez o mesmo com a outra, com um pouco de força enlacei as duas em sua cintura, o sentindo me penetrar sem aviso prévio. 
Gemi alto, me movimentando em sincronia com ele. A todo o momento, nossos olhares se encontravam e era como se meu coração quisesse sair pela boca, não cabia mais dentro do meu peito. Eu não deveria me sentir balançada daquele jeito. 
Ele começou a investir mais rápido, me fazendo gritar e pedir mais, por mais, mais... Uma última investida... Chegamos tão rápido ao ponto máximo que quando minhas pernas se soltaram de sua cintura, elas estavam moles e ele teve que me segurar. Pousou o queixo em meu pescoço, respirando fundo. 
- Não sei o que dizer. - Cam falou, fazendo um carinho gostoso em minha cintura. 
Eu também não sabia, nunca imaginei que ficaria tão balançada com algo que envolvesse Cam depois daqueles anos. Foi muito rápido, mas foi muito bom e eu não queria aceitar aquele fato. Não, de novo não. 
Ele me olhou confuso quando eu tirei suas mãos de minha cintura e separei nossos corpos, recolhendo minhas roupas molhadas e saindo desajeitada do banheiro. 
- O que foi? Volta aqui! - ele disparou atrás de mim. Vesti minhas roupas no quarto, com ele ali, em dúvida do que falar, peguei minha jaqueta, colocando por cima da blusa molhada, xingando alto porque minhas mãos tremiam tanto que eu não conseguia movê-las direito. 
Demetria... - Isso foi um erro, droga, Cam, será que você não percebe? - peguei minha bolsa no chão, passando por ele que estava com uma toalha amarrada na cintura. 
- Você não pode ir embora assim... - ele ia chegar perto, mas eu balancei a cabeça, em reprovação. - Não pode! 
- Eu posso e eu vou. - saí do quarto, correndo pelo corredor, calçando meus sapatos e abrindo a porta da sala, parando de andar quando ele me alcançou. 
- Eu sei que você vai voltar! - olhei séria para ele, vendo um sorriso surgir em seus lábios. - Isso não mexeu apenas comigo. - dei as costas em seguida, entrando no elevador. Completamente ensopada. 

Desci do táxi, ainda molhada e entrei correndo no hotel. Eu não precisava me explicar, eu estava ali com Joseph, nem dirigiam a palavra a mim para impedir alguma coisa. 
Entrei no quarto, não encontrando ninguém. Abri o closet e algumas coisas não estavam ali, como algumas roupas de Joseph. Onde diabos ele havia se metido? Ok, por um momento aquilo foi aliviante, como eu explicaria estar molhada daquele jeito? 
Conseguindo tirar Cam de meus pensamentos por um minuto, saí do quarto, dando de cara com Jared na entrada do elevador. 
- O que aconteceu? Jared, que cara é essa... - sua expressão era tensa, triste e confusa. - O que aconteceu? - ele parecia não ter notado meu estado e apenas balançou a cabeça, respirando fundo. - Cadê o Jonas? - segurei seu braço, me arrependendo depois. 
- Ele... Ele teve que ir pra Londres e... - cada palavra era solta com cuidado. 
- Por quê? - Só podia ser brincadeira, o que diabos ele pretendia voltando para Londres? Nessa hora, senti um mal estar, me segurando na parede para que eu não caísse. Estava sem comer há tantas horas que aquilo obviamente aconteceria logo. 
- O pai dele... O pai dele... 
- Diz logo, merda! 
- O pai dele faleceu ontem. 
O chão havia sumido. 

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