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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Secretary - Capítulo 19


Música do capítulo!

- Será que o Jared aceita ir à festa comigo? - Cassie pegou duas sacolas, enquanto saíamos de uma das lojas do mini-shopping do hotel. Até isso aquele hotel tinha. 
- Por que não pergunta pra ele? - sorri, apontando discretamente para o próprio, que vinha caminhando em nossa direção. Ao perceber nossa presença, ele ficou um pouco sem graça, provavelmente imaginando o que Cassie fazia ali. 
- Hey! - ele disse, com as bochechas meio rosadas. 
- Oi, Jared! - Cassie estava quase dando pulos de alegria, quase deixou suas sacolas caírem. - Posso falar com você, Jar? - achei engraçado ela ter o chamado por aquele apelido e o olhei, levantando as duas sobrancelhas. 


- Pode! - ele ia se afastar, achando que ela queria conversar a sós... 
- Quer ir a uma festa comigo? - pessoas que passavam por perto viraram o rosto para nós, devido à voz alta de Cass ao dizer aquilo. - Com o Sr. Jonas e a Demetria! Diz que sim! - ela fez um bico infantil, me fazendo ter a breve sensação de que estava no colegial de novo e o baile de formatura se aproximava... Malditas lembranças aquelas. 
Jared olhou para mim, como se perguntasse com os olhos o que responder e eu dei de ombros, sorrindo. Ele olhou para os lados, tentando disfarçar o estado que estava e depois olhou para ela, dando um meio sorriso. 
- Quero sim! - Cass sorriu de orelha a orelha, me puxando pelo braço, rumo à saída do mini-shopping, deixando Jared para trás, imaginando o quanto louca ela era. 

*** 

Lembranças da noite anterior me assustavam e alegravam ao mesmo tempo, ele estava tão diferente, estava como eu sempre havia desejado. Mas e o fogo? Quem havia provocado aquele acidente? Eu não iria acreditar em um sonho, Ian não faria aquilo, ele trabalhava para Joseph, ele seria muito idiota traindo a confiança de um homem como Jonas. Eu estava sozinha no quarto, estranhando o sumiço repentino de Joe, mas não liguei muito e fiquei sentada na cama, olhando meus próprios pés. Não fazia muito tempo que eu estava ali, e tinha a sensação estranha de que não estava sozinha. Ouvi o barulho da porta do banheiro e levantei, quase dando um pulo. Joseph saiu de lá, com os cabelos bagunçados e molhados, caindo por sua testa, apenas com uma toalha bem abaixo de sua cintura. Olhou-me por um instante, e eu sorri aliviada. 
- Te assustei? 
- Não, eu só... - tentei desviar minha atenção de seu corpo. - Fica difícil pensar em uma desculpa com você assim na minha frente. - assim que eu disse aquilo, ele sorriu brevemente, puxando a toalha para baixo e logo ela estava caída no chão. Cocei a cabeça, segurando o riso acompanhado de um sorriso que queria surgir em meus lábios. Disfarcei, percebendo que ele não dava a mínima por estar nu na minha frente. 
- Onde eu coloquei minhas roupas? - passou rápido por mim, fazendo com que seu perfume entrasse por minhas narinas. Virei-me, encarando suas costas nuas, tudo nu, na verdade, e o chamei. - O quê? 
- Vai mesmo ficar desfilando assim? Você está a fim de me matar ou coisa do tipo? Pode abrir o jogo! - sentei na cama, cruzando as pernas e vendo-o balançar a cabeça negativamente e vestir a boxer, seguida da calça e por fim a camisa. Eu encarava minhas unhas e logo senti o peso do seu corpo cair sobre mim, me deitando na cama. 
- Só por que eu tinha esperanças que você seguisse meu exemplo e também ficasse como veio ao mundo. - ele fingiu uma expressão de tristeza, saindo de cima de mim e se sentando. - A propósito, vamos sair hoje. 
- Sair? 
- É, se esqueceu da festa do tal Mark? Pensei que talvez pudéssemos ir ao shopping comprar roupas apropriadas. - concursei com a cabeça. Mas era estranho, eu não conseguia imaginar Joseph Jonas dentro de um shopping escolhendo roupas. Ele sempre pareceu o tipo de homem que tinha pessoas próprias para fazer essas coisas. Em todo caso, logo decidimos sair do hotel e ir de vez no shopping, não seria tão ruim assim. Joe estava muito diferente, era como se sua voz estivesse diferente, seu jeito de andar, seus movimentos eram mais calmos, deixando de lado toda aquela agressividade e superioridade que ele sempre costumava transmitir. Saí do carro, não sabendo pra onde olhar primeiro. Assim que entramos naquele que deveria ser um dos maiores shoppings do mundo, um batalhão de lojas encheu meus olhos. Uma mais perfeita que a outra. 
- Pode comprar o que quiser! - olhei séria para ele, percebendo que estava com os braços cruzados, não dando a mínima para tudo ao seu redor. Típico dos homens mesmo. 
- Ah não, você vem comigo! - olhei maliciosa para ele. - Não vai querer me ajudar a escolher o que vou usar por baixo do vestido? - ele devolveu meu sorriso, apontando com os olhos para uma loja de lingeries. Andamos até lá, entrando na loja sem demoras. Eu estava me sentindo meio desconfortável por estar com... Meu chefe dentro de uma loja daquele tipo, mas logo percebi que ele começou a andar na minha frente, olhando tudo, como uma mulher indecisa. Achei aquela cena hilária. 
O que foi realmente mais hilário ainda foi quando ele pegou um sutiã que deveria ser o maior de toda a loja e colocou sobre a camisa escura, na altura do peito. 
- Meu Deus, olha o tamanho disso! - ri alto, percebendo que algumas mulheres olhavam para nós. Tirei o enorme sutiã de sua mão, devolvendo ele ao lugar. Joseph me ignorou, continuando a andar. Perdi-o de vista por alguns minutos, olhando as fantasias que estavam em um corredor meio isolado. Abri minha boca várias vezes, vendo os tipos de coisas que estavam disponíveis para serem compradas ali. Quem usaria coisas daquele estilo? Se eu fosse um homem acharia tudo super broxante! Ignorei o resto das coisas bizarras e avistei Joe vindo em minha direção, com algo vermelho nas mãos. Não precisei pensar muito parar deduzir o que era. 
Vermelho, Joseph, Lingerie... Não necessariamente naquela ordem, mas fazia sentido. 
- Você vai comprar isso... - ele colocou a calcinha vermelha nas minhas mãos. Era realmente bem bonita e provocante, e eu só conseguia ficar com mais vergonha, por incrível que parecesse. - Agora vamos sair dessa loja! 
Logo estávamos com algumas sacolas nas mãos, já havíamos comprado as roupas para a festa do tal Mark, faltavam apenas máscaras, mas isso deveria ter no local, não é? 
Confesso que aquele estava sendo o dia mais estranho da minha vida, apesar de estar sendo bom, é claro. Eu não sabia por quanto tempo tudo aquilo duraria, então era melhor aproveitar. 
- Quer comer algo? - pensei para responder, encarando as lojas por onde passávamos. Estávamos perto de uma escada rolante e eu forcei minha vista, achando que tinha visto alguém familiar. -Demetria, o que foi? - Joseph apertou minha mão, olhando na mesma direção que eu. Dei de ombros, virando o pescoço algumas vezes, mas tudo que consegui ver foi um homem caminhando rápido em direção a uma das saídas. Usava terno e tinha uma sacola parecida com a que Joseph segurava nas mãos. Coisas da minha cabeça, nada mais que isso. 


Horas depois...

Estava com uma mão em cada lado de minha cintura, na frente de um grande espelho. Não conseguia deixar de sorrir só de imaginar como Joseph deveria estar lindo. Já era noite e logo nós iríamos para a festa do homem chamado Mark. Essas pessoas importantes que convidam outras sem nem as conhecer... Não tinha problema, não? Aliás, uma festa era tudo que eu precisava. Não fazia a mínima ideia de onde Cassie e Jared estavam, mas era bom que logo eles dessem um sinal de vida, ou ficariam sem carona para a festa. Os dois penetras. 
Dei meia volta, me olhando por outro angulo. O vestido preto que eu usava era curto, porém, elegante. Os saltos pretos deixaram minha silhueta mais alongada. Meus cabelos estavam soltos, com cachos nas pontas. A maquiagem não era lá tão chamativa, mas estava bem destacada. Os olhos bem delineados e negros, o botão em tom vermelho marcando bem meus lábios. Não consegui evitar e me olhei de novo no espelho, ajustando alguns detalhes, foi quando ouvi a porta se abrir. Preferi não me virar e esperei até que aquelas duas mãos tão familiares e capacitadas de causar tantas reações diferentes em meu corpo envolvessem minha cintura, a apertando um pouco. Vi o reflexo de Joseph sorrir malicioso, me abraçando por atrás, com o queixo pousado no meu ombro. 
- Eu acho que não vou te deixar sair desse quarto. - ele me virou, começando a beijar meu pescoço. Eu poderia ficar horas ali, apenas sentindo o cheiro maravilhoso daquele perfume novo que ele usava. Estava com terno e gravata pretos e a camisa branca. Era, sem dúvidas, uma das visões mais excitantes e maravilhosas da minha vida. Só perdia para a dele arrancando a toalha na minha frente, devo comentar. 
- De jeito nenhum! Anda, vem! - o puxei pela mão, pegando uma bolsa preta que estava sobre a cama. 
Saímos do quarto e não demorou muito para Cassie aparecer com Jared. Ela usava um vestido roxo que marcava a cintura e descia rodado, ele estava também de preto, deveria ter combinado comJoe. 
- Sinto que estou com os homens de preto! - ela riu, balançando os cabelos presos em um coque com alguns fios caídos. 
Decidimos por ir todos no maior carro que Joseph tinha, ficando eu na frente com ele e Cass com Jared atrás. Durante o caminho lembrei-me das máscaras, nós precisamos delas, não? Foi só então que olhei para o banco de trás do carro, vendo quatro máscaras perto de onde Cassie estava sentada. 
- Viu como eu penso nas coisas? - ela pegou uma preta que continha detalhes roxos e colocou, prendendo-a atrás da orelha. Fez charme para Jared, arrancando uma risada dele. Jared pegou uma também, que era preta com detalhes dourados e colocou. Ficaram fazendo palhaçadas e eu olhei para Joseph, que tinha os olhos presos na estrada. 
Ele estava mais lindo do que nunca. 
- Vou começar a pensar que você congelou olhando pra mim! - ele disse de repente, dando um sorriso. Mordi o lábio, meio envergonhada e pedi para Cassie me dar as duas máscaras que ainda restavam. Ambas eram pretas, uma com detalhes azuis e a outra com apenas com alguns detalhes da própria cor. Coloquei a com azul, entregando a outra para Joe. 
Ele estacionou o carro em uma das poucas vagas que ainda restavam, revelando uma mansão muito maior do que eu havia imaginado. Ao redor, várias pessoas conversavam com garrafas de bebida, algumas com máscaras e outras não. Senti um embrulho no estômago, como se aquela fosse a primeira festa da minha vida. O que era uma idiotice. 
Joseph saiu do carro, dando a volta e abrindo a porta pra mim. Saí do carro enquanto ele colocava a máscara. 
- Que idiota! - ele riu, ficando extremamente sexy com aquilo no rosto. Já era misterioso, daquele jeito então... 
Cassie e Jared já estavam bem a nossa frente, como se realmente tivessem convites para entrar, mas era óbvio que eles conseguiriam. Eles estavam com Joseph. 
No enorme caminho até a casa, um homem vinha cambaleando um pouco, segurava alguma bebida entre as mãos e falava sozinho. Parou ao nosso lado, tirando o chapéu preto que parecia aqueles que Justin Timberlake usava e colocou na cabeça de Jonas, começando a rir em seguida. Esse sabia aproveitar uma festa... Ou não. Comecei a rir olhando para Joseph com aquela máscara e o chapéu, recebendo um olhar sério. 
- Até que é charmoso, não acha, Lovato? - concordei com a cabeça, finalmente chegando até a entrada da festa. Passamos por um segurança que pegava os convites e me perguntei como Cassie e Jared tinham entrado. Assim que colocamos os pés dentro da casa, avistei os dois sumirem por entre as várias pessoas que estavam ali dentro, já envolvidos na música alta e dançante que tocava. Um homem alto vestido não muito socialmente percebeu nossa presença e veio rápido, já cumprimentando Joseph com um aperto de mão e se curvando sobre mim. Achei aquilo engraçado, me sentindo em um filme de época. 
- Bem vindos à minha festa! - ele abriu os braços, apontando para sua própria casa. 
- Obrigado, Mark! - Joseph olhou pra mim, segurando minha mão e me guiou até um dos cantos do que deveria ser a sala de estar. 
Encostou-me na parede, colando o corpo no meu. Comecei a me balançar no ritmo da música que tocava, era alguma da Lady Gaga, mas eu estava concentrada demais em outra coisa para saber qual era. Vi-o morder o lábio inferior, arrancando o chapéu com rapidez da cabeça, o jogando por ali. Senti uma de suas mãos passear pela minha perna descoberta, me causando arrepios constantes. Abracei-lhe pelo ombro, fazendo com que ele também se movimentasse de acordo com a música. 
- Eu tô começando a criar uma fantasia que envolve essa sua máscara... - não o deixei terminar, grudando minha boca na dele e começando um beijo. Sua língua estava mais impaciente do que nunca, travava uma briga com a minha. Depois de um tempo, ele decidiu ir buscar algo para bebermos, voltou minutos depois com duas bebidas transparentes, muito gelo e uma cereja cada no topo. 
- Cerejas? - peguei a do meu copo, colocando na boca, lançando-lhe um olhar provocante. - Como sabe que adoro cerejas? - voltou a me segurar pela cintura, enquanto aquela mesma música tocava, o ritmo era tão envolvente que fazia um calor estranho subir pelo meu corpo. Dei alguns goles na bebida, percebendo que era forte, porém doce, a de Joseph já não existia mais, ele apenas segurava a cereja entre as mãos, depois de um tempo colocou ela dentro da minha boca, lançando um olhar extremamente sexy e malvado. 
- Nós poderíamos subir... - senti seus lábios ágeis trabalhando em meu pescoço, me causando choques elétricos. 
- Nós acabamos de chegar! - eu também não estava mais aguentando a tantas provocações, ainda mais com o corpo dele roçando no meu daquele jeito. 
- E isso importa? Eu sei que a minha diversão depende de você, então quero começar longe de todas essas pessoas. - ele levantou minha perna, a colocando na altura do seu quadril, passando as unhas de leve no interior da minha coxa. - E eu sinto que não vou aguentar por muito tempo... A menos que você queira fazer na frente de todos... - arregalei meus olhos, rindo junto com ele depois. 
- Tentador, mas não vou permitir que todas essas mulheres vejam você nu! - foi a minha vez de dar uma mordida no pescoço dele, o fazendo fechar os olhos e soltar um gemido abafado. 
- Vem... - me puxou pela cintura, parando um garçom que passava pelo local com uma garrafa de champanhe e algumas taças nas mãos. Joseph tomou a garrafa das mãos do rapaz, pegando duas taças. - Desculpe, amigo, obrigado! - ele sorriu, deixando o garçom sem entender nada para trás, me conduzindo até uma enorme escada que, sem dúvidas, levava aos dois outros andares que a casa deveria ter. Enquanto eu subia, dei uma olhada para baixo, no instante seguinte meus olhos grudaram em um terno preto, muito parecido com o que Joseph usava. Não podia ser, Cam não podia estar ali também... E completamente igual a Joe. 
Tentei ignorar aquilo e entrei no primeiro banheiro do andar com ele, que já havia tirado a máscara. Olhei ao redor, vendo que o lugar definitivamente não era muito grande, exceto pela bancada da enorme pia. Apoiei minhas mãos na mesma, me sentando nela. Comecei a balançar minhas pernas enquanto Joseph travava uma luta com a garrafa de champanhe que não queria abrir. 
- Acho que você já foi melhor nisso! - provoquei, tirando minha máscara e vendo-o abrir a garrafa e vir na minha direção segurando a mesma. 
- O que foi que você disse? - ele tombou um pouco a garrafa e eu já conseguia imaginar aquilo caindo no vestido. 
- Eu disse que você... Que você... - não me deixou terminar, pousou a mão gelada devido à garrafa do champanhe na minha perna, separando-a da outra e colocando o corpo no meio delas. Senti um pouco de frio e comecei a brincar com a gravata dele. Peguei a garrafa de champanhe e coloquei desajeitadamente nas taças, derrubando um pouco na pia. Vendo que ele começou a rir daquilo, tombei a garrafa de propósito sobre ele, derramando um pouco do líquido na sua camisa e paletó. Não se preocupou com aquilo, apenas me olhou como se dissesse "Ah, então você quer brincar?" e tomou a garrafa da minha mão colocando mais um pouco na taça. Ele dava um gole e parava para me beijar, fazendo com que eu sentisse a deliciosa combinação do champanhe junto com o beijo dele. Senti algo gelado escorrer sobre o meu pescoço e então percebi que ele havia jogado em mim, escondendo a garrafa atrás de si depois. 
- Eu não acredito que você fez isso! - fingi estar brava, vendo o líquido escorrer pelo meu decote. 
Ótimo destino. Os olhos dele que o digam! 
Sorri maliciosa, o puxando pela gravata e começando a tirar seu paletó, tentando abrir os botões da camisa ao mesmo tempo. Logo metade do corpo dele estava nu. 
- Vai jogar champanhe em mim? - ele mordeu o lábio, ficando um pouco longe. 
- Hm... Vou! - sorri diabolicamente. Ele avançou em mim, procurando sem paciência pelo zíper do vestido, ao encontrá-lo, o abaixou de uma vez, puxando as mangas e fazendo com que meus seios ficassem expostos. 
- Agora estamos de igual pra igual! - ele me olhava com aquele olhar malvado, sexy, pervertido e várias outras combinações que só ficavam perfeitas nele. Senti como se todo o meu corpo começasse a queimar quando estávamos nos beijando de novo, cada vez de um jeito mais necessitado. A garrafa de champanhe ia e vinha por nossas mãos, estávamos em um tipo de guerra pra ver quem ficava mais lambuzado com aquilo. Brinquei com o zíper da calça dele, conseguindo sentir os sinais de sua excitação. 
- Chega de champanhe! - ele tirou a garrafa da minha mão mais uma vez, a colocando longe de nós. Procurou por algo nos bolsos da calça, sorrindo ao encontrar. 
Ficou entre minhas pernas de novo, começando a beijar toda a extensão do meu pescoço, maxilar e boca. Senti suas mãos passearem por dentro do meu vestido, os dedos se entrelaçando nas alças da minha calcinha. Logo ela foi puxada para baixo. Eu conseguia ouvir que Womanizer da Britney Spears tocava no andar de baixo da mansão. 
You say I'm Crazy, I got you crazy... - sussurrei um trecho da música em seu ouvido. 
Rapidamente, Joseph já havia abaixado suas calças e sua boxer e colocado a camisinha, puxou meu corpo com vontade, me penetrando sem aviso prévio. Cravei minhas unhas nas costas dele, sentindo seu corpo se movimentar rápido. Gemi, tentando me controlar para que ninguém ouvisse, mas não estava sendo fácil já que ele investia cada vez mais rápido, segurando firme na minha cintura com uma mão e massageando meu seio com a outra. 
- Você... - ele passou a língua pelos meus lábios, tentando se segurar para não gemer, mordendo os lábios com força, mas não conseguia. - Você ainda vai me deixar louco! - contraí minhas costas quando senti suas unhas curtas passarem sobre elas com vontade e senti espasmos por todo o meu corpo. 
Alguém batia na porta. 
A principio, Jonas ignorou e continuou a se movimentar, enquanto eu estava com as mãos agarradas em seus ombros e sentia meu ponto máximo cada vez mais próximo. 
E voltaram a bater... 
- Tem alguém aí? - uma voz masculina disse alto, batendo de novo na porta. Joe bufou, enquanto nossos corpos já suados se roçavam. 
- TEM! - ao gritar, ele não conseguiu segurar a acabou gemendo junto, me fazendo soltar uma risada e em seguida sentir meu corpo todo amolecer. Respirei fundo, olhando pra ele que estava parado, com os olhos fechados, ainda dentro de mim. 
- Agora ele sabe que banheiros fechados durante uma festa são para... - Joseph abriu os olhos, rindo. 
Senti minhas pernas um pouco fracas e ele saiu de perto de mim, pegando suas roupas que estavam no chão e as vestindo rápido, enquanto eu procurava por minha calcinha no chão. 
- Não sei se ainda consigo lidar com uma festa depois disso... - ele disse, se jogando no chão, ainda com a respiração acelerada. Subi meu vestido, percebendo que o estrago com a champanhe não tinha sido muito grande. Desci da bancada, pegando minha calcinha e a colocando. Tentei dar uma arrumada no estado que meu cabelo havia ficado e fui até a porta, segurando na maçaneta e abrindo devagar, verificando se não tinha ninguém por ali. O corredor estava vazio. 
- Vai primeiro... - ele estava exausto, sua voz que praticamente implorando para que eu fosse antes dele era hilária. - Mais alguns minutos e eu me recupero! - concordei com a cabeça, rindo e saindo de dentro do banheiro. 
Desci as escadas, ainda me ajeitando, com medo de que alguém percebesse o que eu tinha acabado de fazer e ouvi Cassie gritar meu nome. Jared não estava com ela. 
Demetria, onde você tava? - sua voz estava animada até demais. - Você tem que experimentar isso, é muito bom! - ela segurava um copo com uma bebida vermelha. Fui até ela, pegando a mesma bebida com um garçom que estava perto. Era realmente muito boa. 
- Cadê o Jared? - perguntei, ainda me recuperando de Joseph. 
- Eu não sei, ele disse que ia pegar mais bebidas pra nós, deve ter ido ao banheiro, sei lá... - Cassie deu de ombros, se sentando em um sofá que estava atrás de nós. Fiz o mesmo que ela, olhando ao redor. Alguns minutos se passaram, enquanto nós apenas comentavamos sobre as roupas das pessoas ao redor ou riamos de alguma piadinha sem noção que alguém próximo fazia. Apertei meus olhos, vendo um homem de terno preto e o mesmo chapéu que Joseph usava quando chegamos, que escondia seu cabelo. Minha vista não estava muito boa devido às bebidas, mas eu não estava bêbada, só podia ser ele. 
- Já volto, Cass! - ela me ignorou, entretida demais com a bebida vermelha e eu me aproximei do sujeito de chapéu preto, sentindo o perfume de Joseph tomar conta das minhas narinas. 
Era ele mesmo. 
Mas por que estava de costas e seu corpo parecia tão tenso? 
Não esperei e coloquei minhas mãos em seu ombro, aproximando minha boca de seu ouvido. 
- Desceu rápido... - dei uma mordida no lóbulo, enquanto ele continuava imóvel, o que foi estranho. - Quem sabe no fim da noite... - não terminei a frase e saí de perto dele, rindo comigo mesma e voltei para onde Cassie estava. Depois de alguns minutos de silêncio, eu já estava estranhando Joe não ter vindo até mim. 
- Sabe... - ela começou. - A vida é engraçada, às vezes vemos as pessoas e pensamos que elas são de um jeito... - poderia jurar que ela estava bêbada, bem bêbada. Isso era evidente pela sua voz. - Mas elas se mostram totalmente de outro... Sr. Jonas é um exemplo! - ignorei seu comentário sem sentido e voltei a beber. 
Piadinhas iam, piadinhas vinham, eu e Cassie parecíamos duas loucas rindo das coisas idiotas que aconteciam pela festa. 
Cam parou na nossa frente... Foi tão rápido. 
Por que diabos ele estava com um chapéu preto? 
Chapéu preto... Joseph tinha se livrado dele quando começamos a nos agarrar naquele canto... 
Seu terno... Exatamente igual ao de Joseph. 
O perfume... 
Era ele no shopping, eu só não queria aceitar. Seguiu-nos, comprando as mesmas coisas que Joseph comprava. Era uma armação. 
Merda! 
Cassie começou a rir dele, mesmo não o conhecendo. Fiquei séria, vendo um sorriso safado se abrir em seus lábios. Cameron se aproximou, segurando meu braços e fazendo com que eu me levantasse. Grudou nossos corpos e eu tentava digerir o que estava acontecendo, mas o efeito da bebida não ajudava... 
- Desculpa, mas você me deixou ansioso para o fim da noite! - arregalei meus olhos e antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ele me puxou, grudando nossos lábios de novo, sua língua pedia passagem, mas a partir daquele momento eu só consegui ouvir a voz de Joseph soltar um palavrão alto. 
- Seu filho da puta! - ele puxou Cam pelo braço, dando um soco no rosto do mesmo. Toda a festa estava olhando aquela cena e tudo começou a fazer sentido. Os dois estavam frente a frente, se olhando de cima a baixo. Estavam com a mesma roupa, era bizarro. 
- Qual é, ela deu em cima de mim, idiota! - Joseph parou para me olhar e Cameron aproveitou para retribuir o soco no rosto, fazendo ele cambalear, com a mão sobre o local. Xingou um palavrão alto e as agressões continuaram. Ninguém fazia nada, ninguém movia um dedo para impedir que o meu pesadelo começasse a se tornar realidade. 
Já começava a sentir as lágrimas se formarem em meus olhos... 
Joe, não... - tentei dizer, mas ele me interrompeu, a voz estava alterada. 
- Cala a boca, eu já vi o que tinha que ver! - ele se virou e disparou por entre a multidão que estava acumulada ao nosso redor. Ignorei Cam e Cassie e fui correndo atrás dele, o alcançando e segurando seu braço. 

It's funny how 
É engraçado como
Even now 
Mesmo agora
You still support me after all the things that I've done 
Você continua me apoiando depois de tudo que eu fiz
You're so good to me 
Você é tão bom para mim
Waiting patiently
Esperando pacientemente
And isn't it sad that you still have to ask if I care?
E não é triste que você continue tendo que perguntar se eu me importo?

Joseph, me escuta! Não é o que parece, mas que droga! - eu já chorava e ele apenas me olhava, frio - Eu vi o Cameron com o chapéu que você estava usando antes, pensei que fosse você e... 
- ACHA QUE EU SOU IDIOTA OU O QUE, PORRA? - ele segurou meus braços com força, olhando em meus olhos. - Como eu pude acreditar que... 
- Para! Confia em mim! 
- Você é uma... - ele me soltou, fechando os olhos. Suas mãos estavam fechadas em punhos. - Você é uma vadia como qualquer outra! - não aguentei ouvir aquilo e sem me controlar acertei o mesmo lado de seu rosto que tinha levado um soco de Cam, com um tapa. 
- Não sei por que eu achei que você mudaria... - olhei com nojo para ele, sentimento que meu corpo explodiria a qualquer momento de tanta raiva. 
- Não sei por que eu acreditei que valia a pena mudar por você! - apontou pra mim, balançando a cabeça negativamente. 
- Parece que foi um engano... - limpei uma lágrima, sentindo que minha maquiagem estava borrada. - Nós dois nos enganamos! 
- Dá pra você sair da minha frente? - e o Joseph Jonas que eu achava que não existia mais estava de volta. 
- Eu vou embora! - ele levantou uma sobrancelha. - Vou embora de Los Angeles, você disse que eu podia ir, não disse? - peguei uma taça que estava em uma mesa perto de onde eu estava e bebi o conteúdo, o sentindo descer queimando por minha garganta e lancei um olhar de desprezo pra ele. 
Só eu sabia como estava doendo por dentro... 
Ele ficou quieto por alguns segundos, dando o sorriso cínico que eu tanto odiava. 
- Faça isso, suas coisas estão no hotel. - chegou perto, colocando um dedo no meu queixo, olhando fundo nos meus olhos. - Me sinto aliviado! - intensificou um pouco seu toque em minha pele. - Eu não conseguiria ser um fraco por muito tempo mesmo... Tirei sua mão com violência do meu rosto e saí correndo dali, esbarrando em várias pessoas. Vi Cassie e Jared sentados naquele mesmo sofá de antes, ela estava quase dormindo e ele balançava a cabeça de acordo com a música. Meus olhos queimaram e mais lágrimas saíram deles. 
Foi tão fugaz. Foi como uma chama, que infelizmente acabava de ser atingida por um vento com força maior. Eliminando-a. 

I never said I was perfect 
Eu nunca disse que era perfeita
But I can take you away 
Mas eu posso te levar embora
Walk on shells tonight 
Andando sobre conchas essa noite
Can't do right tonight
Não posso fazer certo essa noite
And you can't say a word cause I leap down your throat 
E você não pode dizer uma palavra porque eu pulo na sua garganta

Olhei para o outro lado e vi Cameron encostado em uma parede, segurando um copo vazio nas mãos. Tentei controlar aquele estranho sentimento de vingança que pulsava dentro de mim, mas quando percebi, eu já limpava meus olhos e caminhava com passos firmes em sua direção. Ele levantou o olhar e eu vi que o local do soco estava roxo. 
- Vamos subir? - falei fria, vendo ele me olhar sem entender. - Anda, vamos? - todos os músculos do meu corpo imploravam para que eu saísse de perto dele, mas depois de descobrir todas aquelas coisas sobre ele eu só conseguia sentir raiva, só queria me vingar de algum jeito. 
Joseph não merecia, mas era mais forte do que eu. 
- Não sei o que deu naquele idiota do Jonas, mas deixa isso pra lá, né? - ele ficou do meu lado e segurou minha mão, começando a nos guiar até a escada. 
- Vai subindo, querido... - eu não estava me reconhecendo. - Já encontro você no quarto do final do corredor. - sorri brevemente, vendo-o concordar e desci as escadas de novo. Avistei um segurança em um dos cantos da festa, caminhei com passos provocantes até ele, com uma expressão de tristeza no olhar. 
- Com licença... - cheguei o mais próximo que pude. Ele era alto, sua pele era bronzeada e os cabelos eram negros. - Pode me emprestar sua arma? - a bebida ainda estava fazendo efeito sobre mim, aquilo era evidente. 
- Ficou doida, moça? - ele sorriu e depois balançou a cabeça. - Eu posso saber pra quê? 
- Só pra assustar um desgraçado... Ai, ai, esses homens! - passei a mão por meus cabelos, tentando fazer com que ele me entregasse logo aquela droga daquela arma. 
- Promete que não vai arranjar problemas, boneca? Aí eu posso te emprestar! - ele deveria ser um safado qualquer. E muito idiota. Que segurança daria sua arma para uma moça sem nem pensar em consequências terríveis? 
Fiz que sim com a cabeça, vendo-o olhar pros lados e tirar a arma do bolso do terno, colocando cautelosamente em minha mão. Sorri agradecida, sem esperar que ele dissesse mais alguma coisa. Segurei a arma com firmeza e coloquei meu braço para trás, a escondendo. Subi correndo até o quarto que Wolfe deveria estar e me perguntei se Joseph já tinha ido embora. 
Não, ele não merecia mais a minha preocupação, deveria estar se pegando com alguma vadia mascarada... 
Bati na porta do quarto, sorrindo satisfeita ao ver Cameron abri-la, dando passagem para que eu passasse. Olhei ao redor do quarto, percebendo que não era grande coisa, mas não era realmente necessário. 
- Eu achei que nunca mais teríamos momentos assim... - ele foi se aproximando, afrouxando a gravata, mas eu fiz um sinal com as mãos para que ele parasse. 
- Tire a roupa! - disse simplesmente e ele riu, sussurrando um "ok". Aquele Wolfe era muito idiota mesmo. 
- Mas por que tão rápido? - ele já estava sem paletó e desabotoava a camisa branca. Maldito, tinha que estar vestido igual ao Jonas? Maldito! - Vamos com calma! 
- Tire a roupa! - repeti, com a voz um pouco mais forte. 
Ele não discutiu e logo estava nu na minha frente. Olhei-o de cima a baixo, sentindo uma enorme vontade de rir. E naquele momento uma coisa passou pela minha cabeça. 
Eu estava me tornando uma pessoa tão insana quanto Joseph. 
- É o seguinte, meu querido Wolfe... - parei de esconder a arma, expondo-a de vez. Seus olhos se arregalaram de espanto e ele deu um passo para trás. - Eu tô de saco cheio de você, tá me entendendo? - fui até ele, o empurrando até a parede. Aproximei a arma de seu rosto, o olhando com um meio sorriso nos lábios. 
- Você ficou maluca? Demetria, onde você conseguiu essa arma, pelo amor... 
- SHH! - grudei nossos corpos, ignorando totalmente a excitação dele. - Eu quero que você suma da minha vida, suma da vida do Joseph e suma de Los Angeles, fui clara? - quem eu era pra falar aquilo? Meu Deus. 
- Você se preocupa mesmo com aquele imbecil? - Cameron gostava de bancar o poderoso perto de armas, aquilo era bizarro. - E você tá completamente bêbada! - ele riu. 
- To bêbada, mas tenho uma arma! - sorri vitoriosa, brincando com aquele objeto que no fundo me causava medo. 
- Tá, eu já entendi! Agora você pode parar de apontar isso pra mim? Por favor! 
- Passar bem, Cameron! - abri a porta, rindo por dentro da situação que eu havia o deixado. Caminhei pelo corredor ouvindo a agitação ficar cada vez maior naquela maldita festa. 
Eu estava me sentindo um lixo. 

So uptight am I
Tão tensa eu sou
I never said I was perfect
Eu nunca disse que era perfeita
But I can drive you home
Mas eu posso te levar pra casa

Eu poderia morrer, que diferença faria? 
Devolvi a arma pro moreno que realmente ficou achando que eu o pagaria de algum jeito e, mais uma vez, avistei Cassie e Jared que agora dançavam feito loucos na pista de dança. Nem sinal deJoseph. Fui até eles, que me olharam como se eu fosse algum tipo de assombração. 
- O que houve com você, mulher? - Cassie colocou a mão na boca, olhando para Jared que estava com os olhos arregalados. 
- Eu vou embora! Acabou! - tentei passar por eles, mas Jared segurou meu braço de um jeito que não me machucasse. 
- O que houve? - ele e Cassie me conduziram até um sofá, me obrigando a sentar. 
- Eu e o Joseph brigamos, ele me chamou de vadia, eu disse que ia embora... - não aguentando mais, desabei a chorar no colo de Cassie que começou a afagar meu cabelo. Jared tinha uma expressão preocupada e se levantou, olhando significadamente para Cassie. 
- Eu duvido que ele tenha ido embora, deve estar por aqui ainda... - ele olhou para todos os lados. 
Levantei-me, sentindo minha cabeça horrivelmente pesada e senti meu coração quase parar de bater ao ver Cameron descendo as escadas correndo e com um olhar mortal. 
Era só o que faltava mesmo! 
Sem dar explicações para Cass e Jared, saí correndo, olhando para trás várias vezes, percebendo que ele vinha atrás de mim. Dei meia volta em um corredor escuro e encontrei o que deveria ser a cozinha, passei correndo por ela, encontrando outra porta e uma enorme piscina onde alguns casais se agarravam. Percebi que mais pra frente tinha uma saída, consegui ver vários carros do outro lado da rua devido ao portão com aberturas. Corri, já conseguindo ouvir os passos de Wolfe perto de mim e agradeci pelo portão estar aberto. 
Eu pegaria um táxi e tudo estava terminado. 
Ao passar pelo portão, precisei me segurar na grade para não cair. 
Joseph e Ian estavam parados no meio da rua, com olhares tensos um para o outro. Tentei prender minha respiração e fazer menos barulho possível para que eles não notassem minha presença, mas um grito de Cameron estragou tudo. 
- TE ACHEI! - ele parou onde eu estava, vendo Joseph e Ian que agora nos encaravam. 
- Olha só o que temos aqui... - Ian cruzou os braços. 
Senti leves gotas de água começarem a cair sobre minha pele, me arrepiando. Meu olhar se encontrou com o de Joseph, que estava com a boca entreaberta e o cenho franzido. Ian sorriu, se aproximando de nós. 
- Eu não tô entendendo nada... - Wolfe segurou meu pulso, fazendo eu ficar de frente pra ele. - Por que você fez aquilo? 
- Aquilo o quê? - ouvi a voz fria de Jonas que ainda estava no meio da rua. 
Demetria, por que você apontou aquela arma pra mim? Por que fez aquilo? - ele olhava fundo nos meus olhos e eu não sabia o que fazer, não sabia pra onde olhar, não sabia mais no que acreditar. 
Aquela cena era tão familiar... As gotas de chuva, Joseph e Cameron tão próximos... A tensão no ar! 
Os sonhos, ou melhor, os pesadelos... 

Joseph's POV 

A chuva só ficava mais forte, assim como a vontade de que um carro passasse sobre mim naquele momento. Demetria estava perdida, seus olhos eram aflitos. Mas ela havia me feito de idiota, eu não tinha por que sentir pena dela.
- Que interessante... - Ian começou, me provocando uma tremenda raiva. Quem aquele idiota achava que era? Por que estava achando que tinha algum poder sobre mim? O que ele queria? - Ela sabe usar uma arma! 
- Cala a boca! - Demetria gritou, desesperada e com lágrimas nos olhos. A chuva fazia com que minha visão ficasse meio turva. - Eu vou embora daqui, me deixem em paz! 
- Opa, não vai não! - Ian entrou na frente dela, que era bem menor que ele. Ela tentou empurrá-lo, mas só conseguiu arrancar mais risadas do mesmo. 
- Ian, o que você quer? - falei, perdendo a paciência e evitando olhar para ela. 
- O que eu quero? - ele apontou para si próprio, balançando a cabeça negativamente. - É o que você quer... 
- E o que eu quero? - continuei o desafiando. 
Foi rápido demais, Ian tirou uma arma de dentro do paletó que usava e apontou para Cameron que automaticamente recuou para trás. Demetria arregalou os olhos e começou a implorar para que ele parasse com aquilo. Eu continuava imóvel, como se tudo aquilo fosse um sonho e eu tivesse total consciência disso. A chuva estava cada vez mais forte e todos nós já estávamos completamente ensopados. 
Não consegui evitar de olhar para Lovato, ela estava olhando para o chão, pensativa. 
- O sonho! - ela colocou as mãos na cabeça, dizendo aquilo mais para si mesma do que para qualquer um de nós. 
- Ora, meu caro Jonas... Não foi você que começou com isso de vir pra cá só pra matar o franguinho molhado ali? - ele apontou para Wolfe. - Sequestrou até a belezinha da sua secretária, fazendo-a passar por coisas horríveis... - todas as imagens desde o dia que eu havia convidado Demetria para ir a minha casa tomaram conta da minha mente. - Não queira fingir que agora quer a bandeira branca... Você sabe o que quer de verdade! - ele mirou a arma de novo para Cameron, que não moveu um músculo. - Só depende de você! Vamos... Diga as palavras certas! - aquele filho da puta estava me pressionando, estava fazendo com que eu sentisse vontade de tomar aquela porra de arma de sua mão e atirar em todos ali, até em mim. - Diga que quer ele morto e eu, como seu segurança e ajudante, tornarei isso realidade... 
- PORRA, PARA COM ISSO! - berrei, ouvindo um trovão e olhei para Demetria, ela estava chorando. 
- É o que você quer, Jonas! É o que você quer! - eu sentia que iria surtar a qualquer momento. Fechei meus olhos com força, com as mãos na cabeça, sentindo aquele sentimento de tantos anos se acumular e tomar conta de mim. 
Era culpa do Wolfe, todo o inferno que minha vida havia se tornado era culpa do miserável do pai dele. 
Ele merecia pagar com a vida do próprio filho... Ele merecia... 
- Atira! 
- Não! - Demetria gritou, olhando com horror para mim. Ian foi para mais perto dela, olhando bem para seu rosto e o segurando com uma mão. 

I got down on myself
Eu acabo comigo
Working too hard
Trabalhando muito
Driving myself to death
Me levando para a morte
Trying to beat up the faults in my head
Tentando vencer as faltas na minha cabeça
What a mess I've made
Que bagunça eu fiz
Sure we all make mistakes
Claro que todos nós cometemos erros
But they see me so large 
Mas eles me veem tão grande
That they think I'm immune to the pain
Que acham que eu sou imune à dor

- Você se acha a defensora dos outros ou o que? – afastou-se dela, olhando sorridente para mim. Senti que meus pulmões explodiriam a qualquer momento, o ar começava a faltar. - Pode dizer de novo, chefe? 
- ATIRA, PORRA! AGORA! - eu não controlava mais minha voz, cada célula do meu corpo agia impulsivamente. 
Ele deu de ombros, fazendo um sinal positivo com a cabeça, mirando a arma para Wolfe que engoliu em seco. 
Eu tinha que estar bêbado demais, era a única explicação para conseguir ver aquela arma mudar de direção em questão de segundos... 
Aquele barulho de tiro... 
Não... 

Flashback
Narração em terceira pessoa.

Ian estava esperando o elevador para ir ao saguão, até que viu uma silhueta feminina se aproximar dele com rapidez. Olhou pelo canto do olho e percebeu que se tratava da amiga de Jonas. EraMargo. 
- Você é Ian? - ela sorriu, e ele não conseguiu deixar de sorrir também. Apesar de ter ouvido coisas não muito boas daquela mulher, ele não podia negar que ela era, sem dúvidas, muito bonita e atraente. 
- Sou! - ele disse sem graça, ignorando o elevador e encostando-se à parede, reparando em cada detalhe do rosto dela, que adquiriu uma expressão triste. - Algum problema, senhorita? 
- Na verdade tem sim! - ele passou as mãos com certo nervosismo pelos cabelos longos e olhou para a porta do quarto onde Joseph e Demetria estavam. - Aquela secretária do Joseph, ela me bateu... - Ian podia jurar que logo a moça começaria a chorar. - E o Joseph defendeu ela! - Margo chegou mais perto de Ian, o abraçando e colocando a cabeça sobre o ombro do rapaz, deixando que sua respiração batesse no pescoço dele. - Ian, você pode me ajudar? - sem saber o que dizer, ele engoliu em seco e concordou com a cabeça. Margo segurou o colarinho da camisa dele com as duas mãos e de repente o olhar dela se transformou. 
Passou a lembrar o de uma psicopata. 
- Acabe com eles! - ela sorriu, causando arrepios nele. - Talvez aconteça algo comigo, se acontecer... Quero que você mate os dois! - ela não esperou ele falar nada, apenas selou seus lábios nos dele, começando um beijo selvagem e o empurrando para uma porta de um dos quartos vazios que estava aberta. 
Terminando o beijo, ela o olhou profundamente nos olhos. Começando a abrir o zíper do vestido. Caminhou até a porta, batendo-a com força, empurrando Ian até a cama e ficando por cima dele. 
- Você promete? - ela fez um bico, abrindo a camisa dele e começando a distribuir beijos pelo local. - Promete, Ian? - desceu a mão, acariciando seu membro sobre a calça. - Acredite, eu posso fazer da sua vida um inferno se recusar... 
Ele se viu sem saída e por impulso concordou com a cabeça, fechando os olhos e sentindo Margo começar a masturbá-lo. 
- Eu aceito. Faço qualquer coisa... 

/Flashback

Um grito ecoou por toda a rua, meus olhos se fecharam por reflexo. Assim que os abri de novo, percebi que Cameron estava com Demetria em seus braços, o horror estampado em seu rosto. Ian estava parado, ainda segurando a arma do mesmo jeito. Soltou uma risada, enquanto tudo estava em silêncio. 
E então toda aquela tensão começou de novo. 
- NÃO! - ouvi a voz de Demetria gritar e Wolfe a puxou de novo, mas dessa vez a mira de Ian foi mais poderosa. 
Cassie e Jared se aproximaram perplexos, sem coragem de se aproximar mais. 
Eu... Eu não sabia o que estava sentindo. 
Demetria estava estática, com as mãos perto das costelas, um pouco mais embaixo, como se estivesse tentando esconder algo. Ao tirar as mãos do lugar, suas pernas cederam e ela caiu de joelhos no chão. Cameron foi para perto dela, colocando a mão na boca. Senti meu estômago dar uma volta completa ao ver as mãos dela cobertas por sangue. 
Ela havia levado um tiro. 
Ian havia atirado nela. 
Enquanto a água da chuva caía sobre ela e fazia o sangue escorrer por suas pernas, começou a gemer de dor, tombando como se fosse cair a qualquer momento. Eu não conseguia me mexer, era como se todo o meu corpo estivesse se paralisado no momento que eu vi a bala perfurar seu corpo. 
- Que cavalheiro, Wolfe! Tentando salvar a pobre moça... - as mãos de Ian tremiam, ele estava fora de si. Cameron se levantou e ia avançar até ele, mas parou ao percebeu que a vida de todos ali ainda estava em jogo. 
- Opa, cuidado! Eu posso atirar em todos vocês se eu quiser. 
Uma adrenalina insuportável tomou conta de meu corpo e eu corri até Ian, rápido demais para ele poder fazer alguma coisa. A arma caiu no chão e eu me transformei em um monstro. Fiz com que ele se chocasse contra uma parede de tijolos perto de onde estávamos. Não pensei antes de começar a socar seu rosto e estômago com vontade, vendo o sangue surgir. 
Sangue em minhas mãos. 
Joseph, pare! - ignorei a voz agoniada e chorosa de Demetria, sentindo cada músculo do meu corpo doer por saber que ela estava ferida, estava correndo risco de vida. 
Dei mais um soco no rosto de Ian, deveria ter quebrado o nariz dele naquele momento. O olhei com fúria, observando o estrago que eu tinha causado em seu rosto. 
- Por quê, hein? POR QUÊ? - gritei e então percebi que ele movimentou a mão, enfiando-a no bolso de seu paletó e tirando um papel dobrado. Estendeu-o, esperando que eu o pegasse. Senti receio, mas o tirei com força de suas mãos, o soltando e vendo-o cair no chão. Colocou as mãos sobre o rosto, gemendo baixo de dor. 
Abri o papel. Reconheci a letra de cara, não acreditando no que estava lendo. Parecia que inúmeros socos estavam sendo distribuídos por todo o meu corpo. 

"Espero que não se esqueça de mim, meu garotinho. Minha morte não significa que eu não posso acabar com a sua vida medíocre. Seu louco! hahaha" - Margo." 

Mas que diabos... Ela tinha escrito daquele jeito, pois já sabia que ia morrer? Ian era seu fantoche? 

DEMETRIA! - Cassie berrou, chorando. Cameron preferia não olhar, com os olhos fechados. Jared estava horrorizado e Ian... Ian estava fugindo. Mesmo naquele estado, ele conseguiu se levantar e pegar a arma de volta. Cambaleou um pouco e a apontou para Demetria de novo, correndo em seguida. Sem que eu pudesse fazer nada... Minhas pernas não deixavam. 
Margo era a responsável por aquilo... Vadia! Desejei com todas as minhas forças que, se o inferno existisse mesmo, que ela estivesse queimando lá. 
No momento seguinte, eu senti como se minhas pernas tivessem se descolado do chão e em um impulso corri até Demetria, que já havia deitado sobre o chão, vi seu sangue pelo chão. Os olhos dela estavam começando a se fechar. Tirei meu paletó molhado, o colocando sobre seu corpo, na intenção de pelo menos protegê-la do frio. Sentindo o desespero crescer dentro de mim. Assim como a vontade de chorar. 
- Não! Espera... Fala comigo! - minhas mãos tremiam e eu segurei o corpo dela, sentindo como ele estava frio e tremia. Minha camisa que já estava transparente foi se tingindo aos poucos com o sangue dela. 
- PORRA, VÃO FICAR PARADOS OLHANDO? FAÇAM ALGUMA COISA! - não consegui terminar de dizer no tom que eu queria, pois já estava chorando. 
Era culpa minha. 
Abracei-a com a força que ainda restava em mim, vendo que o sangue não tinha fim. 
Ela era tudo que eu tinha... Meu Deus... 
- ANDA, FAÇAM ALGUMA COISA! - vi Cassie, Jared e Cameron saírem correndo, provavelmente atrás de um telefone. Várias pessoas já estavam a nossa volta, tão horrorizadas quanto eu. 
Senti a mão de Demetria acariciar meu rosto, enquanto um leve sorriso escapava por seus lábios. 
Eu a estava perdendo. 
- Meu amor... Não... Fica comigo! - implorei, quase fundindo nossos corpos. 
- Eu tentei... - ela não conseguiu terminar a frase. 
Seus olhos se fecharam. 

So uptight am I 
Tão tensa eu sou
I'm praying for a miracle
Eu estou rezando por um milagre
But I won't hold my breath
Mas eu não vou prender minha respiração

I never said I was perfect 
Eu nunca disse que era perfeita
But can you take me home?
Mas você pode me levar pra casa?

Deus, como eu a amava. Como eu amava aquele ser ferido e totalmente frágil desacordado em meus braços. 

5 comentários:

  1. naooooo Demi nao pode morrerposta mais um

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  2. NÃÃÃÃÃO!! ELA NÃO PODE TER MORRIDO!!!
    Postaaa looogo!

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  3. NÃÃÃÃÃO!! ELA NÃO PODE TER MORRIDO!!!
    Postaaa looogo!

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  4. Ai Meu Deus to chocada :o
    A demi não pode morrer, não pode céus!!
    Que capitulo está de mais, Omg poste logo

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  5. Sim, ai eu li a fic todinha pra ela morrer no final?! Olhe gosto disso não u.u
    Quero mais caps, quero saber o que vai acontecer *-------*
    Posta loooogo :D

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Sem comentario, sem fic ;-)